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Meu camersim, da tua língua viperina goteja êxtase
foste tu que bebeste do vinho escarlate das labaredas?
eles ajoelham-se e pedem absolvição, as suas orações são áridas como o deserto, os seus corações são como o vácuo ─ matéria inexistente
meu dionísio quimérico, venha até mim, preencha o meu cálice purpúreo de lhaneza
as lágrimas revestem-me a face
sinto-me em mansuetude quando oiço a tua voz
desejo ser a tua flor-de-maio, muguet de mai, lírio-do-vale ─ aquela cuja comparência anuncia a Primavera, a flor inebriante que se mescla com o sândalo...
amorosamente, Lune.