- Mito de Sísifo como epítome do trabalho inútil
- Alguns critérios possíveis:
- Contrato (empregado ≠ patrão ≠ autônomo)
- Complexidade (simples ≠ repetitivo ≠ abstrato ≠ complexo)
- Formalidade (formal ≠ informal)
- Esforço (braçal ≠ intelectual)
- Seres vivos (homem ≠ animal)
- Remuneração (voluntário ≠ remunerado)
- Qualidade (bem remunerado ≠ mal remunerado)
- Pagamento (salário fixo ≠ por produção ≠ misto)
- Diferentemente do animal, o trabalho humano tem intermédio da cultura e intencionalidade
- Quando o trabalho tenta eliminar a intencionalidade ou as capacidades cognitivas humanas, ele está descaracterizando o próprio trabalho em uma condição humana central
- Trabalho ≠ emprego (tem contrato e salário)
- O trabalho estabelece a relação homem x natureza e sociedade x natureza
- As dimensões do trabalho:
- Dimensão concreta - ambiente e ferramentas utilizadas
- Dimensão gerencial - planejamento e organização das tarefas
- Dimensão socioeconômica - relação entre modo de realizar o trabalho e estruturas sociais, econômicas e políticas
- Dimensão ideológica - discussão sobre a posição do trabalho na sociedade
- Dimensão simbólica - aspectos subjetivos do trabalho
- A maior parte dos textos da antiguidade sobre o trabalho trata-o como questão secundária e se utilizam do pensamento greco-ateniense e das práticas escravagistas do império romano
- Aristóteles e Platão viam o trabalho como degradante, inferior, e um impedimento para o desenvolvimento das virtudes. O cidadão deveria ser político, e a política não era considerada trabalho
- Para Aristóteles, a escravidão era natural. Algumas pessoas nasceram para serem escravas
- Os caldeus, hebreus, orientais e cristãos antigos já tinham ideias bem diferentes do trabalho
- Com o surgimento do capitalismo, essas ideias são abandonadas
- Para Marx, o começo do capitalismo se dá quando as diferenças individuais começam a serem eliminadas, e muitos trabalhadores se ocupam de uma mesma atividade, em um mesmo local, sob um mesmo chefe
- É importante ressaltar que o trabalhador não detém os meios de produção. Sua única mercadoria é a venda da força de trabalho
- Adam Smith diz que o aumento de produtividade e a divisão de tarefas divide a abundância geral entre as camadas sociais
- Para ele, a especialização do trabalho vem da natureza humana de aptidões individuais. A divisão de tarefas vem da natureza humana de trocar bens e das faculdades da razão e da linguagem
- Weber – o protestantismo vem para justificar a continuação do trabalho diante da noção de “livre contrato” do capitalismo
- O sistema de cooperação capitalista, ao reunir todos os trabalhadores, cria as condições para o surgimento da consciência de classe
- Marx – o indivíduo é o que e como ele produz. Logo, o ser depende das condições materiais de sua produção
- Alienação - o trabalhador não possui os meios de produção, não tem controle sobre o produto ou o processo. Assim, acaba não podendo se identificar com a tarefa e o produto
- O capitalismo cria a monotonia no trabalho ao dividir e simplicá-lo
- Exercito industrial de reserva - três tipos:
- Flutuante - temporariamente desempregado
- Latente - trabalhador rural sempre na iminência de ir pra área urbana
- Estagnado - em sua maioria, trabalhadores estagnados
- Considera uma contradição a queixa do capitalismo de falta de braços, quando é o próprio que acorrenta os trabalhadores em setores específicos através da especialização
- O capitalismo é alienante, explorador (mais valia), monótono, discriminante (pois é hierarquizante, e homem = seu trabalho), submisso, embrutecedor (inibe as potencialidades) e humilhante (fere a autoestima)
- Ao definir o trabalho como mercadoria a identificação do trabalhador com o produto e o processo é desqualificada, pois basta ganhar a vida trabalhando, não importa em que
- A defesa da superação da alienação permite entender o trabalho como categoria importante na construção da identidade do sujeito. O trabalho estrutura a sociedade e o indivíduo
- Com a superação da crise 1870, surge o capitalismo monopolista/oligopolista, provocando concentração financeira
- Administração científica (Taylor e Fayol) – a administração deve conciliar os interesses de patrão e empregado (salário alto x baixo; ociosidade x produtividade)
- Defende o controle do movimento do trabalhador, a padronização e a divisão de tarefas para gerar maior produtividade. O trabalhador deve ser conduzido a desejar aumentar a produção como forma de aumentar o salário
- A administração financeira é formalista (pois defende hierarquias), mecanicista (o trabalhador é uma peça que deve ser ajustada), naturalista e hedonista
- Com o fordismo, o controle do ritmo do trabalho passa a se dar pela cadência da máquina, e não mais pela supervisão humana. O tédio faz com que aumentem os problemas de indisciplina, absenteísmo, rotatividade, desinteresse pela produção e dificuldade de adaptação de imigrantes
- Five dollar Day - é a solução para todos esses problemas. Ford cria um salário mínimo de 5 reais por dia (bastante alto para a época), contanto que os trabalhadores sigam alguns pré requisitos, que são monitorados pelo departamento sociológico da empresa (não beber, não abusar fisicamente a família, não alugar a sua casa, manter a casa limpa, e manter uma poupança)
- Essas abordagens integrativas (Ford, Taylor e Fayol) acabam substituindo a ascética protestante como principal defesa do capitalismo
- Encíclica Social Rerum Novarum - texto do papa Leão XIII de 1891, contra a exploração do trabalho e a crença escolástica de uma desigualdade intrínseca entre os homens, defendendo uma conciliação entre trabalho e capital, empregado e empregador
- No fim do século XIX e começo do XX, ocorre um boom do sindicalismo, que no Brasil, surgem em SP e RJ, antes da existência de qualquer política salarial. Quando surgem as regulamentações do trabalho, elas focam no trabalho urbano, minoritário em um país agroexportador
- Keynesianismo - surge em oposição ao liberalismo, muito influenciado por Adam Smith. Keynes considerava o capitalismo liberal incompatível com a manutenção do pleno emprego e da estabilidade econômica. Diz que o pleno emprego não deriva naturalmente da oferta e demanda, mas sim que deve ser incentivado pelo intervencionismo do governo
- Ciclo progressista - consumo → demanda → emprego → consumo. Para incentivar o ciclo aumenta-se a produtividade através do taylorismo-fordismo. O keynesianismo defende o consumo e produção em massa
mar 2 2020 ∞
apr 10 2022 +