Norwegian Wood
- Naoko é a menina que ele gosta e que namorava Kizuki, que faleceu.
- O dia do aniversário de Naoko ele leva um bolo de chocolate amassado e eles transam (???).
- Nagasawa filho do médico que pegava todas as garotas e que virou amigo do protagonista porque ambos gostavam de O grande Gastby.
- O "nazista" ficava no mesmo quarto do alojamento que eles moravam, mas foi embora depois de um tempo deixando apenas a foto do iceberg colada na parede. Foi ele quem deu um vagalume no pote de presente pro protagonista, Toru.
- Midori (que significa verde) o conhece na lanchonete. Menina de cabelos curtos e muito simpática.
- Ela fez um almoço muito gostoso pra ele com peixe, arroz e algas e eles se beijaram vendo o prédio da vizinhança queimando.
- Em uma noite que ele saiu com Nagasawa virou a noite no cinema e depois quando tava tomando café duas meninas chamaram ele pra beber as 5 da manhã. E ele foi.
- Cara eu fiquei EMOCIONADA lendo a parte que a Naoko envia uma carta de 7 páginas pra ele e o convida pra ir no lugar onde ela está se tratando e ele viaja entre CIPRESTES e conhece a professora de música/paciente que é a Reiko que diz que ela ajuda e é ajudada, ele ajuda e é ajudado.
"O que acontece quando as pessoas abrem o coração? Elas se recuperam."
- O negócio com a Reiko que coisa estranha mas ok it happens
- Meu Deus a Midori falando depois de três copos de gin e tônica que se sente bem com ele porque diferente dos outros ele não pressiona ela nem espera coisas dela aaaa<3
- Muito legal também o quanto a forma do amor dele pela Naoko é um amor bonito e de espera.
- "A maioria desses universitários é uma farsa completa. Eles morrem de medo de que alguém descubra que
eles não sabem alguma coisa. Todos lêem os mesmos livros e todos usam as mesmas palavras, e se masturbam escutando John Coltrane e assistindo a filmes do Pasolini. Você chama isso de “revolução”?"
- O pai da Midori estava internando e só o Toru fez ele comer PEPINO no hospital e tals. A Midori falando que come de boas a comida de hospital porque ali nunca se sabe quando vai dar pra comer tranquilamente de novo.
- A parte que ele vai em um jantar chique com o Nagasawa e com a Hatsumi e POXA o Nagasawa me lembra muitos homens da minha vida e enfim Toru foi pro apartamento da Hatsumi beber cerveja e cuidar do curativo porque ele cortou a mão na loja de discos que trabalhava.
Talvez você deva conversar com alguém
- Neste exato momento, trata-se apenas de um passo de cada vez.
Isso é algo que digo aos pacientes que estejam passando por uma depressão paralisante, do tipo que os leva a pensar: Lá está o banheiro. A apenas um metro e meio de distância. Eu sei disso, mas não consigo chegar lá. Um passo após o outro. Não olhe toda a distância de uma vez. Dê só um passo. E depois de dar esse passo, dê mais um. Você vai acabar chegando no chuveiro. E também chegará ao dia seguinte e ao próximo ano. Um passo. Pode ser que eles não consigam imaginar o término da depressão num curto espaço de tempo, mas não é preciso. Fazer algo induz a pessoa a fazer algo mais, substituindo um círculo vicioso por um eficiente. A maioria das grandes transformações resulta de centenas de pequenos passos, quase imperceptíveis, que damos ao longo do caminho. Muita coisa pode acontecer no espaço de um passo.
- “Existe uma diferença entre dor e sofrimento”, Wendell diz. “Você vai ter que sentir dor, todo mundo sente dor de vez em quando, mas não é preciso sofrer tanto. Você não está escolhendo a dor, está escolhendo o sofrimento.”
Ele segue explicando que toda essa minha insistência, toda essa ruminação e especulação infindáveis sobre a vida do Namorado estão se somando à dor e levando-me a sofrer. Então, sugere, se estou me agarrando com tanta sofreguidão ao sofrimento, devo estar obtendo alguma coisa disso; isso deve estar me servindo algum propósito."
- “Seus sentimentos não precisam bater com o que você pensa que deveriam ser”, ele explicou. “Eles estarão lá de qualquer jeito, então você pode muito bem aceitá-los, porque eles contêm pistas importantes.”
- Na geladeira da cozinha do nosso consultório, tem um ímã colocado por alguém: Paz não significa estar em um lugar onde não haja barulho,confusão ou trabalho duro. Significa estar no meio dessas coisas e ainda assim ter calma no coração. Podemos ajudar os pacientes a encontrar a paz, mas talvez um tipo diferente do que eles imaginavam que encontrariam quando começaram o tratamento. Como disse o falecido psicanalista John
Weakland numa frase famosa: “Antes de a terapia ter sucesso, é a mesma chatice todas as vezes. Depois que a terapia tem sucesso, é uma chatice atrás da outra”.
- A maioria de nós vem à terapia sentindo-se encurralado, aprisionado por nossos pensamentos, comportamentos, casamento, trabalho, medos ou o passado. Às vezes, aprisionamo-nos com uma narrativa de autopunição. Se
tivermos uma escolha entre acreditar em uma de duas coisas, ambas das quais podendo ser comprovadas: sou incapaz de despertar afeto, ou sou amado, frequentemente escolhemos a que nos faz sentir mal. Por que mantemos nossos rádios sintonizados nas mesmas estações com estática (a estação “a vida de todo mundo é melhor do que a minha”, a estação “não posso confiar nas pessoas”, a estação “nada dá certo para mim”), em vez de girar o dial para lá ou para cá? Mude a estação. Contorne as barras. Quem está nos impedindo, senão nós mesmos? Existe uma saída, desde que estejamos dispostos a vê-la. Justo um desenho animado ensinou-me o segredo da vida."
- Saliento que o sofrimento pode ser protetivo; ficar numa situação depressiva pode ser uma forma de evitamento. Segura dentro da sua concha de dor, ela não tem que enfrentar nada, nem precisa emergir no mundo,
onde poderia voltar a se machucar. Seu crítico interno lhe convém: não tenho que fazer nada, porque sou imprestável.
Sociedade do Cansaço
- O tédio seria um “pano cinza quente, forrado por dentro com o mais incandescente e o mais colorido revestimento de seda que já existiu” e no qual “nos enrolamos quando
sonhamos”. Nos “arabescos de seu revestimento estaríamos em casa”. Com o desaparecimento do descanso, teriam se perdido os “dons do escutar espreitando” e desapareceria a “comunidade dos espreitadores”. Nossa comunidade ativa é diametralmente oposta àquela. O “dom de escutar espreitando” radica-se precisamente na capacidade para a atenção profunda, contemplativa, à qual o ego hiperativo não tem acesso."
- "Mas quem é tolerante com o tédio, depois de um tempo irá reconhecer que possivelmente é o próprio andar que o entedia. Assim, ele será impulsionado a procurar um movimento totalmente novo. O correr ou o cavalgar não é um modo de andar novo. É um andar acelerado. A dança, por exemplo, ou balançar-se, representa um movimento totalmente distinto."
- O animal laborans pós-moderno é provido do ego ao ponto
de quase dilacerar-se. Ele pode ser tudo, menos ser passivo. Se renunciássemos à sua individualidade fundindo-se completamente no processo da espécie, teríamos pelo menos a serenidade de um animal. Visto com precisão, o animal laborans pós-moderno é tudo menos animalesco. É hiperativo e hiperneurótico."
- Hoje,vivemos num mundo muito pobre de interrupções, pobre de entremeios e tempos intermédios. No aforismo “A principal carência do homem ativo”, escreve Nietzsche: “Aos ativos falta usualmente a atividade superior [...] e
nesse sentido eles são preguiçosos. [...] Os ativos rolam como rola a pedra, segundo a estupidez da mecânica”. Há diversos tipos de atividade. A atividade que segue a estupidez da mecânica é pobre em interrupções. A máquina não pode fazer pausas. Apesar de todo o seu desempenho computacional, o computador é burro, na medida em que lhe falta a capacidade para hesitar."
- "Como contraponto, a sociedade do desempenho e a sociedade ativa geram um cansaço e esgotamento excessivos. Esses estados psíquicos são característicos
de um mundo que se tornou pobre em negatividade e que é dominado por um excesso de positividade. Não são reações imunológicas que pressuporiam uma negatividade do outro imunológico. Ao contrário, são causadas por um excesso de positividade. O excesso da elevação do desempenho leva a um infarto da alma."
- "À mão trabalhadora, que agarra, Handke contrapõe a mão lúdica, que já não agarra decididamente: “Todas as noites aqui em Linares eu ficava olhando para essa infinidade de crianças pequenas que iam ficando cansadas [...]: já não havia mais nenhuma ânsia, não agarravam mais nada nas mãos, apenas um jogo”. O cansaço profundo afrouxa as presilhas da identidade. As coisas pestanejam, cintilam e tremulam em suas margens."
- Breves entrevistas com homens avulsos
- "A falecida terapeuta, a pessoa deprimida revelou a sua
confidente interurbana mais chegada, havia apontado a lembrança do incidente traumático na faculdade e a suposição reativa de escárnio e ridículo por parte da pessoa deprimida como um exemplo clássico do modo como os mecanismos de defesa emocional residuais reprimidos de um adulto podem se tornar tóxicos e disfuncionais, mantendo o adulto emocionalmente isolado e privado de comunidade e alimento, até de si mesmo, e podiam (i.e., as defesas residuais tóxicas podiam) negar ao adulto deprimido acesso aos seus próprios recursos ferramentas internos preciosos tanto para buscar apoio como para ser gentil, compassivo e afirmativo consigo mesmo e que assim, paradoxalmente, mecanismos de defesa reprimidos acabavam contribuindo para as próprias dor e tristeza contra as quais foram originalmente construídos."