• Hoje, dia 25/10, tivemos uma aula expositiva de biologia, na qual a professora nos trouxe uma placenta, com o intuito de nos apresentar de maneira elucidativa esse tão importante anexo embrionário para o desenvolvimento do feto mamífero.
  • Ela optou por guardar a placenta num recipiente com álcool, que deixa a peça um pouco mais rígida, ao invés do formol, que além de possuir um cheiro muito forte e desagradável, faz perder a coloração da mesma. Assim, pudemos notar a forte coloração vermelha e identificar melhor suas partes.
  • Antes de nos mostrá-la, a professora deu ênfase na importância da placenta e disse que grande parte dos estudiosos a consideram mais do que um anexo embrionário, veem-na como um órgão de fato. Quanto a isso, foram mencionados vários costumes e tradições que remetem à placenta que algumas mães, devido aos seus valores pessoais, tomam no seu descarte após o nascimento do filho. Também conversamos sobre algumas raridades da gestação como, por exemplo, a placenta acreta, que ocorre quando ela se fixa profundamente na parede uterina, ultrapassando o limite normal de fixação e, após o parto traz complicações como hemorragia. E, inclusive comentamos sobre algumas doenças que podem ou não trazer perigo ao feto.
  • Então, a professora nos mostrou a peça e identificamos suas faces, o cordão umbilical e as membranas que a revestem. A face fetal é aquela que fica, durante a gestação, voltada para o feto e é ligada a ele pelo cordão umbilical - este apresenta uma veia em que corre o sangue oxigenado e duas artérias em que corre sangue venoso (com CO2) -, e pode-se ver a membrana fina que reveste a bolsa que envolverá o bebê no líquido amniótico, o âmnio, e junto com ela a outra membrana mais firme que é o córion, que delimita a face materna. A face materna fica agarrada à parede uterina durante a gestação, por isso vimos a concentração de vasos sanguíneos que com os cotilédones fixam a placenta que só será desprendida com contrações do endométrio.
  • A função da placenta, como já dito acima, é de extrema importância, pois é ela quem desempenha todas as funções do corpo (seja como rim, pulmão, sistema imunológico, etc), mantendo a gestação e garantindo a formação do embrião. Por isso, não é à toa que a consideram como um órgão. É nela que ocorre a troca de várias substâncias entre a mãe e o feto. Ela exerce as funções de proteção, nutrição (glicose, aminoácidos, lipídios, vitaminas e sais provenientes do metabolismo materno), respiração (trocas de CO2 e O2), excreção, defesa imunitária (deixa passar anticorpos da mãe para o feto) e hormonal. A passagem das substâncias é feita principalmente por difusão e osmose, e é necessário frisar que não há mistura entre o sangue de ambos. Ao fim da gravidez, a placenta envelhecida diminui a sua produção hormonal e essa queda de produção restitui ao útero a sua capacidade de contração e rejeição do corpo estranho. O útero passa a contrair-se, visando a expulsão do feto e de seus anexos e então inicia o trabalho de parto. Quando o bebê nasce, o cordão umbilical vai parando de pulsar, pois não será mais ele quem fará as trocas gasosas e nem nutrirá mais o mesmo, e o bebê se prepara para o funcionamento dos próprios órgãos e será nutrido a partir de então pelo leite materno. Até uma hora depois do parto, é normal que em seguida ocorra a expulsão da placenta pela contração do endométrio. É neste momento que se deve ter o máximo de atenção quanto a possíveis restos da placenta no útero, podendo causar hemorragias graves.
  • De modo geral, é possível concluir o quanto a placenta representou na evolução das espécies, uma contribuição da natureza aos mamíferos, permitindo-lhes desenvolver suas crias embrionariamente dentro do ventre materno, com maior segurança.
mar 13 2016 ∞
oct 25 2016 +