- sou como você: feito de coisas lembradas e esquecidas, rostos e mãos, o guarda-sol vermelho ao meio-dia em pastos-bons, defuntas alegrias flores passarinhos, facho de tarde luminosa, nomes que já nem sei — ferreira gular, homem comum
- you remember too much, my mother said to me recently. why hold onto all that? and i said, where can i put it down? — anne carson, glass, irony, and god
- i can’t remember anything without you — joel, eternal sunshine of spotless mind (2004)
- acreditei que se amasse de novo esqueceria outros pelo menos três ou quatro rostos que amei... organizei a memória em alfabetos, como quem conta carneiros e amansa, no entanto flanco aberto não esqueço e amo em ti os outros rostos — ana cristina cesar, contagem regressiva
- o que a memória ama fica eterno. te amo com a memória, imperecível — adélia prado
- ter sido. e não poder esquecer. ter sido. e não mais lembrar. ser. e perder-se. — hilda hilst, a obscena senhora d
- há na memória um rio onde navegam os barcos da infância, em arcadas de ramos inquietos que despregam sobre as águas as folhas recurvadas... — josé saramago
- foi julho sim. e nunca mais esqueço. o ouro em mim, a palavra irisada na minha boca, a urgência de me dizer em amor tatuada de memória e confidência. setembro em enorme silêncio distancia meu rosto. te pergunto: de julho em mim ainda se lembras? — hilda hilst, dez chamamentos ao amigo
- ah! se ao menos em ti eu não me dissolvesse. e se ao menos contigo ficar pouco de mim lembrança de algum dia ou meu nome guardar um momento de sol... — hilda hilst, baladas
oct 19 2022 ∞
jun 4 2024 +