Infindas estrelas a se conhecer pela frente Aos lados e para trás galáxias jamais visitadas por homem algum Infinito transbordante Os dedos da mão direita estralam-se em sinal de angústia, um mal presentimento assolava *inserir nome do personagem* Mão biológica e mão mecânica sobre o mesmo console Pés inquietos sem ter algo que os console Ruído agoniante Algo errado com o motor Uma rachadura libera calor Olhos imediatos viram-se em direção que já se suspeitava A solda caseira não foi capaz de segurar todas as peças, uma placa fora lançada ao coração da nave, se a mesma não for retirada causará o fim precoce de uma jornada. Não será uma bela explosão como uma supernova que dá origem a estrelas mais jovens, será uma explosão que ninguém verá, apenas uma história sem leitor. O braço que causa vergonha é lançado ao motor Onde braço humano algum aguentaria o calor. O braço mecânico teria que aguentar, sem vergonha, sem as derrotas passadas Só o presente e a mínima chance um futuro Esforço descomunal de todo o corpo, pés e braço direito forçam o homem ao centro do problema, por uma pequena fresta os olhos buscam a placa de metal. As pontas dos dedos da mão esquerda sentem com sua baixissima sensibilidade a fonte de calor, deslizam um pouco mais para baixo e conseguem segurar a placa solta. A placa é agarrada com a firmeza que jamais seria alcançada por um braço humano O corpo todo se desloca para trás em um pulo A placa é lançada fora Com os dois braços uma tentativa de fechar a rachadura do console Dois segundos e novamente o silêncio assola Um grito de comemoração corta a atmosfera artificial do interior da nave O braço da vergonha o ajudara finalmente, as marcas de queimadura são agora motivo de orgulho Há virtude no mesmo lugar em que a dor é abandonada, nesse lugar há coragem que se posta em prática mesmo que por segundos pode transformar a vergonha em algo belo, o braço se torna em uma história a ser contada, e no final as histórias são lembradas e não as dores.