- "Você não quer ver ninguém, ou falar, ou pensar, ou mesmo se mexer. É em um dia como esse, mais cedo ou mais tarde, que você descobre, sem surpresa, que algo está errado. Que você não sabe viver e que você nunca vai saber."
"Você não quer se lembrar de mais nada. Você se senta e quer apenas esperar. Esperar até que não haja mais nada para esperar."
- "Você está só. Você aprende a andar como um homem solitário, a flanar, a ser ocioso, a ver sem olhar, a olhar sem ver. Você aprende a arte da transparência. Imobilidade. Inexistência. Você aprende a ficar sentado, deitado ou em pé. Você aprende a olhar as pinturas, como se fossem pedaços de parede ou teto. As paredes, como se fossem pinturas, cujas rachaduras são seguidas incansavelmente. Labirintos impiedosos. Textos que ninguém nunca decifrará. Rostos em decomposição...''
- "(...) Mais tarde, ausência trouxe outros ensinamentos mais amargos ainda do que o hábito da ausência que é a maior diminuição de si mesmo, o mais humilhante sofrimento de sentir é que já não se sofre. (...)"
- "Pare de falar como um homem que sonha. Olhe! Veja aquilo!"
- "Mas aquelas mil palavras, milhões de palavras que secaram em sua garganta, as palavras sem sentido, os gritos de alegria, as palavras de amor, o riso dos tolos, quando você vai encontrá-los novamente? Agora você vive no terror do silêncio, mas não é você o mais silencioso de todos?"
Você estava só, e queria queimar as pontes entre você e o mundo. Mas você é tão pouca coisa [...] A indiferença é inútil. Sua recusa é inútil. Sua neutralidade não tem sentido."