Dê uma olhada em tudo que está sendo desenvolvido agora. Impressoras 3D, inteligência artificial, nanorrobôs, implantes biomecânicos, física das partículas subatômicas, conexão cérebro-máquina…

Tudo isso fará o modo de produção atual ruir e entraremos em uma nova era econômica. O ser humano terá um ócio infinito e poderá se dedicar apenas a entretenimento, acumulação e produção de conhecimento. O advento de uma verdadeira consciência artificial fará com que a mesma passe a fazer ciência por si própria, ela atingirá avanços científicos com uma rapidez sobre-humana.

Logo deixaremos as máquinas cuidando de tudo e criaremos mundos virtuais onde poderemos ser deuses. Cada um poderá ter o seu próprio mundo, com as suas próprias regras.

Nesse cenário, você realmente se interessaria por passar por intervenções cirúrgicas, implantes de nanorrobôs, modificações corporais intensas e várias outras coisas apenas para explorar o vácuo universal? Algumas pessoas sim, e são elas que farão com que dominemos toda a energia do Sol e alcancemos o nível 1 (atualmente somos uma civilização zero) na escala de possíveis civilizações no universo.

A maioria, contudo, estará ocupada demais em seus mundinho virtuais, vivendo suas vidas perfeitas. Com a administração de um controle hormonal, o problema da "falta de realidade" e a solidão sumiriam, pois você estaria eternamente satisfeito com o seu mundial virtual provido por supercomputadores quânticos alimentados por gigantescos reatores de antimatéria ou fusão nuclear em algum subsolo da Terra.

Acredito que esse será o turning point: a humanidade se dividirá entre aqueles que estarão dominados pela virtualidade e a minoria que desejará ir além. Essa minoria, provavelmente guiada por algum conceito ideológico forte, não ficará satisfeita com os mundos virtuais e tentará ir além do inimaginável. São eles que explorarão outros mundos e espalharão a vida pela galáxia e quiçá pelo resto do multiverso. Eles viverão eternamente, sempre jovens, e com o passar do tempo acabarão abandonando a própria "aparência" de seres humanos. Imagino um futuro onde seja possível transpor o seu cérebro e o seu sistema nervoso para um corpo completamente robótico. Esses seres eternos e perfeitos explorarão a galáxia e atingirão a fronteira final: o mundo subatômico. Logo eles abandonarão os próprios corpos robóticos e se transformarão em um grupo de seres de pura energia primordial, individualidades que caminham pelo tecido do espaço-tempo sem serem por ele limitadas. Enquanto isso, o resto da humanidade continuará em seus mundinhos virtuais, até que as máquinas não sejam capazes de conter uma ameaça cósmica de grandes proporções (morte do Sol, colisão com buraco paixão, etc).

Não sinto que exagero quando digo que tudo isso poderá ocorrer nos próximos 200 anos, pois temos todas as ferramentas e meios à nossa disposição: bilhões de dólares sendo gastos em A.I. e em desenvolvimento computacional, um planeta numa região tranquila da galáxia e geologicamente estável, nações convergindo em grandes blocos, estado de permanente tensão que inibe novas grandes guerras, entre outras coisas.

Esse século será decisivo para a nossa espécie. Resta saber qual dos dois caminhos acima descritos cada um de nós escolherá tomar.

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É engraçado perceber que as coisas que te faziam perder horas e horas de reflexão sobre certos acontecimentos, há não muitos meses ou anos atrás, hoje passam pela sua cabeça como uma simples nuvem, que como em um dia ensolarado, o vento empurra pra longe. É certo que tal nuvem volte, mas não no mesmo dia. Talvez meses, semanas depois, essa mesma nuvem volte. Mas como ocorrido naquele dia em que esta voltou, o vento dentro da sua consciência a empurra pra longe. E assim a vida segue. Você continua seu caminho ao sol, as nuvens vem e você mesmo, em um acordo consigo, as manda embora. Isso ocorre tanto para ocorridos, fatos, episódios, quanto para pessoas. E essa é uma das maravilhas de se ficar velho. O esquecimento, o desapego é mais fácil e rápido.

Gui

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E se o big bang for obra da "mão de Deus" e suas leis, e somos todos, inclusive os aliens, cobaias de um grande experimento , em um grande laboratório, que tem como recompensa viver e desfrutar de um livre arbítrio que funciona sob a lei de causa e efeito para não perder o controle, e que chamamos esses cientistas que vieram antes do universo de "Deus/deuses"? Afinal, ainda não sabemos nem 3% sobre onde estamos e o que somos.... Tudo é possível ainda.

Plus, é a negação e "achar que tais idéias são absurdas ou burras, porque não cabem no nanocerebro humano" que acabam no caso de grandes cientistas perseguidos e rejeitados pelos "religiosos" , atrasando a ciência. Terra redonda?" BAHAHAHA QUE CARA LOUCO! MATEM!" E a situação se repete, agora no inverso... É isso que atrasa o avanço "científico". A negação, o problema pra aceitar a possibilidade e Investiga-la. Um dos grandes erros científicos é jogar a toalha quando entra o assunto " religião" por achar falta de tempo... Bem, é assim com todos os aspectos humanos, não so a ciência. Humanos.... Começando a engatinhar e acham que sabem tudo.

Carla

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Quando bate a minha depressão e não tenho minha sopa de Rivotril, gosto de colocar um filme bem cult mesmo no meu iPad, me encafuar debaixo das cobertas que mamãe trouxe da Europa e tomar um café bem quente com pedaços de chocolate belga em rama. Curto muito a vibe niilista dos filmes europeus, sabe. Bergman pra mim é um deus, simplesmente amo a cena final da morte naquele filme com o carinha jogando xadrez.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ "Deixe de lado o que já passou. Deixe de lado o que possa vir. Deixe de lado o que está acontecendo agora. Não tente descobrir nada. Não tente fazer qualquer coisa acontecer. Relaxe, agora, e repouse."

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ The capacity of mind is broad and huge, like the vast sky. Do not sit with a mind fixed on emptiness. If you do you will fall into a neutral kind of emptiness. Emptiness includes the sun, moon, stars, and planets, the great earth, mountains and rivers, all trees and grasses, bad men and good men, bad things and good things, heaven and hell; they are all in the midst of emptiness. The emptiness of human nature is also like this.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ (…) Só se pode ver a totalidade de uma coisa quando o pensamento não interfere, porque então não se vê verbalmente nem intelectualmente, porém realmente (…) Vemos então a realidade, i.e., que somos dependentes (…) Observamos, e fazemo-lo sem termos um centro, (…) estrutura do pensamento. Quando há observação dessa espécie, vê-se o quadro inteiro e não um simples fragmento dele; e quando a mente vê o quadro inteiro, há liberdade.