Perdi-me muitas vezes pelo mar, o ouvido cheio de flores recém-cortadas, a língua cheia de amor e de agonia. Muitas vezes me perdi pelo mar, como me perco no coração de alguns meninos.
Porque as rosas buscam em frente uma dura paisagem de osso e as mãos do homem não têm mais sentido senão imitar as raízes sob a terra. Como me perco no coração de alguns meninos, perdi-me muitas vezes pelo mar. Ignorante da água vou buscando uma morte de luz que me consuma.