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como disse o sick boy uma vez, sem dúvida parafraseando algum outro otário: fora do momento, nada existe.
a varejeira repulsiva, que me incomodou tanto, foi transformada em uma obra de arte que tenho grande prazer em apreciar. estou teorizando sobre isso como uma inegável metáfora pra outras coisas em minha vida.
- não sei muito bem, tommy, não sei mesmo. é como se fizesse as coisas ficarem mais reais pra gente. a vida é entediante e fútil. a gente começa com altas expectativas, depois descarta todas elas. percebemos que vamos morrer sem descobrir as grandes respostas. a gente desenvolve todas essas ideias enfadonhas e intermináveis que só interpretam a realidade das nossas vidas de diferentes maneiras, sem na verdade aumentar nosso conjunto de conhecimento válido sobre as coisas importantes, as coisas reais. basicamente, a gente vive uma vida curta e decepcionante; depois a gente morre. a gente enche a vida de merda, de coisas como carreiras e relacionamentos, pra ficar livres da ideia que tudo é inútil.
- tá tudo bem, danny. já passei por coisa pior no passado e vou passar por coisa pior no futuro. - não diz isso, cara. não diz isso, saca? ele olha pra mim como se eu nunca pudesse entender, e acho que deve ter razão.
é livre. acho que é isso que o rents não suporta. o esquilo é livre, cara.
sucesso e fracasso significam simplesmente a satisfação e a frustração do desejo. o desejo pode ser predominantemente intrínseco, baseado em nossos próprios anseios individuais, ou extrínseco, estimulado principalmente pela publicidade ou por modelos de comportamento social tais como nos são apresentados pela mídia e pela cultura popular.
mas toda causa precisa dos seus mártires.
se você não consegue vencer uma discussão através de seus detalhes, despreze o contexto.