• o caso da descoberta e a adaptação: primeiro foi difícil ter coragem, depois foi difícil esperar, depois ir, depois estar sozinha, depois não estar. o primeiro passo, a primeira semana, a primeira vez, é só ir, foi só ir, o caminho e a pressa dão conta da gente e da calma, depois estar sozinha foi difícil, tenebroso e quis ir embora, quis desistir de todo os passos anteriores. e aí percebi e constatei um fato: não queria ser viajante, não queria estar a mercê, o aqui e agora estavam difíceis, estar sozinha foi terrível. depois a companhia acalmou tudo, os cenários, as paisagens, o meu melhor amigo deu conta de quase tudo, não de reacender um sonho mas de salvar o caminho. depois, o primeiro viajante que conheci na minha vida real, foi pra estar 2 dias, já estava no terceiro mês por ai e junto com ele, outras duas, por aí, a mercê, experienciando toda a vida ali. planos meio desfeitos, caminhos que não tinha ouvido sobre, a flexibilidade de uma vida que vive, o caminho que se faz diariamente, uma viagem sem programação e que se basta. então percebi e constatei um fato: eu queria ser uma viajante, só não queria estar complemente sozinha. o afeto me faz bem, as histórias além do que o meu olhar alcança e percebe, as vivencias pessoais, nada disso pode ser substituído. eu não queria constatar que a felicidade só é real quando compartilhada, mas ela é definitivamente mais intensa. obrigada gus, pedro e paraty. obrigada rafa, mãe e pai.
  • o plano sólido - não quis ir embora então decidi que faria o possível pra que fosse uma realidade, foi como o pedro disse, só se percebe a inutilidade das coisas diárias quando se vive desse jeito e realmente, é de uma superficialidade tamanha que quando voltei pra minha realidade, voltei angustiada, como se a felicidade desse jeito só pudesse acontecer em mim de forma periódica, quando não vivo a vida que vivo fora das férias.
  • e então um plano sólido: (que vem aí) (se eu não desistir de mim mais uma vez)
aug 1 2021 ∞
jan 1 2022 +