"Já anoiteceu, nós três - Audrey, eu e Porteiro - tomamos um cafézinho na varanda. Ele sorri pra mim quando termina e cai no seu sono tranquilo de sempre, perto da porta. A cafeína não faz mais efeito nele. Os dedos de Audrey se seguram aos meus, a luz permanece acesa um pouco mais, e ouço de novo as palavras que ouvi hoje de manhã. "Se um cara como você consegue fazer o que você fez, talvez todo mundo consiga. Talvez todos possam superar seus próprios limites de capacidade."
E é aí que a ficha cai. Em um belo, doce e cruel momento de clareza, eu sorrio, olho pra uma rachadura no cimento e digo pra Audrey e pro Porteiro adormecido. Digo o que estou lhe dizendo: Eu não sou o mensageiro. Eu sou a mensagem." - Eu Sou o Mensageiro, de Markus Zusak