"Como mortais, vos aterrorizais de tudo, mas desejais tudo como se fosseis imortais. Ouvirás muitos dizerem: "aos cinquenta anos me refugiarei no ócio, aos sessenta estarei livre de meus encargos." E que fiador tens de uma vida tão longa? E quem garantirá que tudo irá conforme planejas? Não de envergonhas de reservar para ti apenas as sobras da vida e destinar à meditação somente a idade que já não serve mais para nada? Quão tarde começas a viver, quando já é hora de deixar de fazê-lo. Que negligência louca a dos mortais, de adiar os prudentes juízos, e a partir desse ponto, ao qual poucos chegaram, querer começar a viver!"
Sobre a brevidade da vida, de Sêneca.