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'ᅟ☆ᅟ𝖾𝗋𝗈𝗍𝗂𝖼ᅟ·ᅟ𝗋𝖾𝗅𝗂𝗀𝗂𝗈𝗎𝗌.ᅟ─── ᅟ blessed be the daughters of cain. bound to suffering eternal through the sins of their fathers. blessed be the children, each and every one come to know their god through some senseless act of violence.

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  • A personalidade modesta de Eden é um reflexo direto de seu mundo interior. Ele é uma alma atormentada, profundamente marcada por traumas passados e presa em uma luta constante com sua própria identidade. Ele carrega uma visão fragmentada da realidade, o que o faz questionar constantemente o que é real e o que é produto de sua imaginação. Isso contribui para uma sensação de isolamento existencial, como se ele fosse invisível ou inexistente. Uma sensação que o acompanha desde a infância.
  • Extremamente introspectivo, ele vive dentro de seu mundo interior com uma intensidade quase febril. Observa a realidade com olhos que parecem sempre carregar o peso de algo inominável. Fala pouco, mas suas palavras são escolhidas com uma precisão quase cirúrgica. Cada frase que profere parece ter passado por um ritual interno de purificação antes de vir à tona. Seu silêncio é eloquente e, muitas vezes, perturbador. Mas, por baixo de tudo isso, reside uma violência latente. Não uma violência no sentido físico, mas verbal, e existencial. Como se estar vivo, para ele, fosse um ato constante de barulho e violência. Sua mente está sempre à beira do colapso; não de caos, mas de saturação. Ele não suporta sentir tudo o que sente, mas não consegue parar de sentir.
  • Apaixonado por cinema desde a infância, ele mantém um vasto e meticulosamente arquivado acervo de filmes raros, especialmente obras mudas, experimentais e documentários cancelados. Ele não apenas aprecia esses filmes; ele os sente. Cada obra cultivada é um impulso elétrico diretamente em suas sinapses.
  • Ele se entrega ao violoncelo com uma facilidade admirável. Suas performances são lentas, quase litúrgicas, como se ele estivesse invocando algo das profundezas de sua alma. E, de fato, está. A música que ele toca jamais transmite alegria; ela evoca sentimentos intrínsecos e deprimentes. É uma extensão de sua dor. Uma tentativa desesperada de trazer ordem ao caos dentro de si.
  • Ele escreve contos góticos e eróticos em velhos cadernos de couro, narrativas densas, frequentemente com personagens problemáticos, figuras misteriosas, amantes espectrais e anatomias que se dissolvem no desejo voluptuoso da carne e obscuridade. Sua escrita soa tão visceral quanto poética, oscilando entre o sublime e o profano.
  • Ele também é apaixonado por fotografia, especialmente fotografia erótica. Traz uma visão íntima e provocativa a cada ensaio que realiza. Com um olhar sensível e um estilo profundamente autoral, dedica-se a capturar corpos e emoções de forma crua, poética, sorumbática, às vezes sangrenta e quase sempre melancólica. Sua abordagem não convencional rompe com os padrões estéticos tradicionais, buscando revelar a vulnerabilidade por trás do corpo, tratado em sua obra como um monumento vivo do desejo e da existência. Embora atue de forma independente, sua trajetória inclui colaborações marcantes com artistas e publicações alternativas, consolidando seu nome na cena underground. Ele se dedica a cada projeto com uma intensidade visceral, muitas vezes beirando a obsessão em sua tentativa de capturar imagens que não apenas seduzam, mas também provoquem profunda emoção, reflexão e conexão com o eu. Inicialmente, seu trabalho se concentrava exclusivamente na figura feminina. No entanto, sua visão se expandiu e recentemente começou a aceitar sessões boudoir com homens. Se desejar agendar um ensaio, basta enviar uma mensagem. Como seu trabalho é estritamente independente, ele está aberto a colaborações autônomas, inclusive não remuneradas. No momento, está em processo de criação de seu segundo editorial anônimo. As vagas para modelos continuam abertas.
  • Ele pratica taxidermia com uma delicadeza que beira o sagrado. Animais encontrados mortos à beira da estrada ou em becos insalubres são limpos, costurados e eternizados em poses variadas; não como troféus, mas como resquícios preservados de um ciclo que insiste em nascer, morrer e se decompor.
  • Ele é um estudioso árduo de cartomancia, e praticante de quiromancia; uma arte que envolve a leitura das linhas nas palmas das mãos. Mas, para ele, não se trata somente de leitura. Trata-se de escavar fragmentos psíquicos, vestígios de traumas herdados e destinos renunciados. Quando toca uma mão, sente não apenas o futuro, mas o passado fossilizado da alma.
  • Ele nunca quis ser famoso. De fato, nunca quis. Ele vê a fama como algo invasivo e desumanizador. Percebe a própria fama como uma distorção de quem ele realmente é, uma falsa representação que o distancia de sua verdadeira identidade. Sente-se exposto, vulnerável e emocionalmente esgotado quando sua privacidade é invadida pela mídia. Tanto que usa palavras como "nu", "violado" e "ressaca sentimental" nas raras entrevistas que concorda em dar para descrever o efeito traumático que ser uma figura pública tem sobre ele. Ele vivencia isso com uma sensação de angústia infinita e internalizada. Para ele, fama também significa perda de controle. Como um homem modesto, a imposição do olhar público parece uma forma de violência, como se ele estivesse sendo constantemente degradado sem ter onde se esconder.
  • Ele tem um corpo elegante, postura rígida e traços finos e etéreos. Mas há algo distorcido nos detalhes. Sua aparência é ambígua: olhos ligeiramente puxados, pele extremamente pálida, traços simétricos, porém difíceis de definir. Há algo de belo demais e de errado demais nele. Ele parece não pertencer a lugar nenhum. Às vezes, seus traços lembram vagamente várias etnias, mas nenhuma se encaixa perfeitamente. Sua aparência muda sutilmente dependendo da luz, da fome ou da presença da morte. As pessoas o descrevem de maneiras diferentes, como se cada uma visse um reflexo diferente. E, como uma criatura liminar, isso o aproxima do trágico e do mitológico.
jun 16 2025 ∞
jul 2 2025 +