˖ ⁩︎︎︎︎⚠️ ◞ o turno a seguir contém menção à morte e dilaceração de membros. ⠀ ⠀ ⠀⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀

Criaturas da noite, termo atribuído aos vagantes, sanguessugas, servos da lua. Nas sombras eles andam e nas sombras criam suas teias, atriculadas como as das mais peçonhentas aranhas e ágeis como a mais venenosa das cobras, surgem do nada e para ele voltam, assim acreditam e pensam aqueles que vivem abaixo da luz. Irreconhecíveis eles surgem, como demônios marcados e condenados por seu próprio ato, vivendo como pestes sobre o luar, caçando sem cessar. Os olhos avermelhados brilhavam sobre a noite escura, os barulhos emitidos causavam calafrios, sua presença era intimidadora e sede, sede de sangue. Pouco menos de cinquenta quilômetros da Transilvânia um vilarejo jazia em ruínas, os vampiros caminhavam perante corpos dilacerados, rostos desfigurados e apesar de sua imortalidade o medo consumia seu interior. Ali eles estavam, em bando, como predadores atrás de suas presas, já não possuíam uma mente com a voz da razão, eram criaturas tomadas por seu desejo ardente, seu desejo de sangue.

Nas sombras eles se reúnem, trazendo aqueles que renegam ao próprio sangue, os injustiçados, aqueles que clamam por uma nova Era. Reunidos sobre o luar derramando seu sangue ao organismo vampiresco, murmurando palavras sobre sua acedência, proclamando aos céus sua ira e ao vampiros sua nova era, dizendo os entendedores que é necessário mais que uma união em território de sua própria espécie para proclamar paz. Derramando uma maldição sobre seus aliados, trazidos pela morte e pela morte viveram, como almas de animais adormecidos, consumindo sua mente e devorando seu espírito, espalhando-se como erva daninha, prontos para destruir o que estiver em sua frente.

Como demônios noturnos eles atacaram, rasgando e dilacerando os vampiros de nível avançado que ali estavam, enviados para obter respostas, mas a única que encontraram foi na boca de um Sedentaurelus. Seu número era grande, afligindo aquele que sobreviveu por pouco, pois mesmo que lutassem contra, mesmo que usassem suas habilidades não parecia o suficiente para deter aquelas bestas. Eram grandes e mais fortes. Suas feições modificadas arrepiavam até a alma, quem a possuísse, os machucados não importavam, para aquele vampiro sobrevivente seu desejo era chegar ao conselho quanto antes. Na Transilvânia, conhecida por seus majestosos castelos medievais, corpo acinzentados de vampiros estavam estirados em suas portas, os ferimentos tão profundos e fatais tinham uma marca registrada, Sedentaurelus. Apenas um vampiro sem intelecto o suficiente entra em uma briga com um Sedentaurelus e acha que pode vencer; para o alto escalão estava claro, não era obra apenas de um ou uma dúzia, os amaldiçoados jaziam em incontáveis números e nas sombras escondiam-se.