O guardião do véu desempenhava um papel vital para a Máscara. Ao longo das eras, suas ações eram como uma dança coreografada, tecendo uma tapeçaria de segurança para os vampiros. Valéria Thornfield, a líder implacável desse órgão, personificava a elegância sombria, com sua túnica negra adornada por detalhes vermelhos, e sua espada refletindo a luz da lua obscura.

À medida que a lua da orbe obscura surgia, transformando os dias em breves intervalos e as noites em extensas jornadas iluminadas por um céu vermelho em ascensão, o clima no ar parecia vibrar com uma tensão prenunciadora. Era como se a lua, em seu brilho crescente, desafiasse os vampiros a serem corajosos o suficiente para enfrentar o desconhecido. Valéria, porém, não buscava poder para si mesma, mas sim para proteger o artefato que poderia desencadear guerras, confiando no clã responsável por sua salvaguarda.

Na densa floresta de Transylvania, que abrigava segredos ancestrais, os vampiros tinham limites marcados. Territórios proibidos, como os das lobos, fadas, e a sinistra zona escura, onde nenhuma criatura sobrenatural ousava adentrar. Os guardiões do véu, trajados em armaduras com véus azuis ao fim, seguiam com determinação. Seus passos silenciosos ecoavam entre as árvores, enquanto ela, com sua túnica negra, se destacava, seus cabelos dançando ao sabor do vento.

Numa busca silenciosa, os vampiros perceberam uma presença incomum. Um cheiro distinto que aguçou seus sentidos, provocando um alerta crescente. O chefe das operações sinalizou para a imobilidade, e Valéria, com olhos enigmáticos, tentou rastrear a origem do aroma intrigante. Subitamente, os guardiões do véu se viram cercados por criaturas pálidas, sedentos por sangue. Uma batalha sombria começou, com os Strigoi lançando golpes implacáveis, enquanto os guardiões, com maestria, retaliavam.

O embate se desenrolava de forma épica, com vampiros de clãs diversos, unidos pela necessidade, enfrentando seres que há muito não eram vistos. Contudo, a batalha se tornou uma dança perigosa quando mais Strigoi e Sedentaurelus surgiram. Valéria, reconhecendo a impossibilidade de continuar, comandou a retirada com autoridade.

— Evacuar, guardiões. — A sua voz evocava entre as árvores. Os vampiros começaram a desaparecer nas sombras, teletransportando-se para longe do perigo. Antes de se dissolver na escuridão, Valéria encarou os Strigoi, notando uma estranha trégua entre eles e os Sedentaurelus.

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A sala de conferências da Mystic Shadow emanava uma atmosfera carregada de tensão, com as paredes escuras parecendo sussurrar segredos antigos. Membros do governo vampírico e bruxo preenchiam o espaço, marcando uma rara ocasião em que ambos se reuniam. As reuniões, geralmente reservadas para celebrações ou simpósios, visavam reafirmar uma relação amigável entre as criaturas, cuja história de séculos refletia uma convivência saudável.

Rodrigo Serpentis entrou acompanhado de guardiões do véu, sua presença imponente ecoando no recinto. Curvou-se em respeito aos demais presentes, entregando a Fernanda Marques, representante do conselho de Mother Gaia no continente Americano, um pergaminho recém-descoberto, contendo a maldição lunar, pela equipe de vampiros voluntários que exploraram o vilarejo.

A peça antiga, desgastada pelo tempo, parecia pulsar com uma energia ancestral.

— Agradeço mais uma vez pela cooperação da Máscara em sempre nos alertar ou entregar itens de extrema importância para o nosso povo. — Disse Fernanda. — Investigaremos mais sobre o caso e daremos detalhes sobre o andamento das investigações. Caso algum bruxo esteja envolvido na prática de magia proibida, seremos implacáveis na execução. — Deu uma pausa na fala. — Esperamos que a Máscara também faça o mesmo com os vampiros.

Uma salva de palmas ecoou, preenchendo a sala com um som reverberante. Após as palavras, o Mystic Shadow continuou a abordar a preocupante influência da orbe da lua obscura, alimentando o temor de uma iminente guerra entre todas as criaturas.

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— Sou da opinião que no momento não devemos fazer nada, com relação as intenções do Icarus. A Corte das Sombras não trouxe nada além do que sabíamos, no dia da reunião Icarus deixou bem claro quais eram as suas intenções. — Valéria pontuou logo após Constance convocar a reunião com a máscara acerca do pronunciamento dos líderes. — Ele é como um cão, quanto mais motivos der ele fará de tudo para criar mais barulho, dentre todos eu não ficaria preocupada com o Icarus mas sim em saber se os líderes dos demais clãs estão com a máscara e vão seguir as ordens até ao fim.

— Você acredita que um deles pode trair a máscara? Até o Aurelius? — Octavius perguntou num tom zombateiro, no entanto antes que Thornfield pudesse respondê-lo, Rodrigo foi mais rápido sem paciência para as ações do Sanguinarius.

— Ela quis dizer que o poder da orbe é tão grande, que facilmente todos podem ser corrompidos.

Elara Luminaris resolveu expor sua dúvida, uma tentativa áspera de evitar com que Octavius e Valéria entrassem em um embate durante a reunião.

— Alguma atualização com relação aos Sedentaurelus? O relatório diz que os vampiros que foram auxiliar no vilarejo tiveram mas no entanto foram teletransportados, com o uso da magia, por uma criatu…

— Strigoi. — A fala da Thornfield causou um espanto entre todos os presentes, os conselheiros anciões no entanto não pareciam estar chocados com a notícia.

— Não é possível. — Disse Constance.

— Eu os vi na noite passada durante a missão pela busca da orbe da lua obscura, de algum modo tenho a impressão de que trabalham em cooperação com os sedentaurelus.

Murmúrios tomaram conta da sala enquanto discutiam sobre as descobertas, a máscara sendo assim chegou à conclusão de que agiria pelas sombras para não atrair pânico aos vampiros, ao mesmo tempo que reforçariam a segurança e a lei, evitando algum tipo de infortúnio. No entanto, embora tivessem tomado várias decisões ainda assim a dúvida pairava no ar: os sedentaurelus estavam a trabalhar com os Strigoi? Quais eram os seus objectivos.