jang mari é uma típica sul coreana de classe média alta que sempre teve todos os privilégios na palma da mão. bastava o pai estalar os dedos que o mundo inteiro poderia ser dado a ela. não que jang achasse aquilo ruim. teve uma educação esplêndida e, mesmo com a ausência dos pais, essa falta era preenchida com diversos presentes e tudo o que desejasse ter, tornando-se mimada e extremamente apegada a bens materiais. sua mãe havia herdado uma grande fortuna com a morte de seus avós – pais biológicos maternos. já o seu pai, grande empresário, administrava empresas luxuosas em gangnam-gu.

no entanto, por detrás das aparências, existe uma família carregada de diversos segredos, até mesmo a jovem mari. após descobrir acidentalmente que o pai gerenciava uma casa noturna ilegal e que traficava mulheres, a garotinha do papai acabou perdendo o encanto pela figura paterna que tanto admirava. porém, ao contrário do que deveria ter acontecido, jang não teve coragem de denunciar o próprio pai até que obtivesse provas suficientes para incriminá-lo. afinal de contas, quem acreditaria apenas nas palavras de uma simples adolescente? o seu pai era e continua sendo uma figura influente que conseguia comprar tudo – e silenciar pessoas, utilizando do dinheiro.

ao longo dos anos, por mais difícil que tivesse sido, tentou deixa ao máximo aquele assunto de lado para manter as aparências, até que conseguisse pensar em algo a respeito e desmascarasse seu próprio pai. a vida adulta proporcionou para jang muitas coisas boas. acabou se graduando em design de moda numa das universidades mais renomadas da coreia do sul, a SNU, e conseguiu o tão sonhado emprego. ter um sobrenome influente realmente era vantajoso, não teve tantas dificuldades para chegar ao topo do que havia planejado para sua vida.

todavia, durante todo aquele tempo calada, jang mari passou a descobrir que não era bem aquela garotinha comportada como imaginava que fosse. a aparência de garota inocente e fofa mesclava o que realmente era de verdade. ao experimentar os prazeres da vida noturna, passou a frequentar bares, pubs e, principalmente, casas noturnas, lugar onde costuma extravasar e se exibir da melhor forma enquanto dança e rebola na frente de vários clientes, chegando a ser confundida com as prostitutas locais. e por ter a plena certeza de que o pai odiaria aquela versão da sua tão adorada filha caso a flagrasse, tal pensamento a incentivava a continuar com o que fazia durante as madrugadas livres.