a. as vezes, na vontade de ajudar, na vontade de resolver, coloco as pessoas em situações desconfortáveis. não porque eu sou mala, mas porque tenho uma vontade de resolver coisas que não precisam de resolução. fico com vontade de ajudar em desconfortos mínimos que, as vezes, passam completamente sozinhos. (ex: música)
perceber o decorrer dos ambientes antes de agir, mas agir. não permitir que a inércia de deixar o outro sozinho na sua própria ação, as vezes estabacada, se torne um parâmetro. ANÁLISE.
o. importante é se mexer quando couber à você, mas não ficar numa dúvida tão longa, tão eterna, tão inerte. faz, se for muito estranho ou desconfortável, você vai perceber e estabelecer um novo parâmetro. - e é estúpido como eu tô falando isso desde fechar a janela, catar o vidro no chão e dar um beijo num momento oportuno -
entendimento de que a vida acontece, quando vai acontecendo, e as coisas se transformam e as vezes vão muito além, ou simplesmente pra outro caminho do esperado, e isso é bom. o controle, a previsibilidade das coisas como nós contamos com elas não faz com que sejam assim. as situações dependem de tudo: de nós, do outro, do ambiente, da energia, do momento - e as coisas de desenvolvem a partir daí. fica estabelecido por nós até onde ficamos abertos à cada uma dessas coisas. menos expectativa, mais abertura pra energia. (ex: meu aniversário / zé / venancio / nat e carol / mari e igor)
com situações que teoricamente já estão estabelecidas e actho saber o resultado
com situações novas, com pessoas novas, entender a energia do outro pra agir - sem me anular, mas sem gerar desconfortos
tanto com o outro, quanto comigo mesma. saber meu tempo, minhas expectativas, meus momentos e meus afazeres. alinha-los.
entender situações que me estimulem menos ou mais, a fim de cultivar na minha vida as coisas que me fazem maior.
o que abaixa minha energia? diariamente. fatos cotidianos observáveis.
principalmente em pequenas e frustrantes situações sociais que, no fundo, quando mal resolvidas, geram arrependimento e pendência máxima. - e aí entra a parcimônia, e se ela agir e mesmo assim houver arrependimento : mudança.
culpa: cabe a mim? existem motivos pra sentir isso?
entender o tempo das pessoas irem e voltarem, e não achar que as coisas são tão definitivas.
a8. as vezes sei que as coisas não vão acontecer, que a energia já baixou, que as coisas não vão se desenrolar no sentido que eu quero e, mesmo assim, ainda insisto, ignorando a energia do outro. ignorando que a vontade não se alinhou com a oportunidade da pessoa.
o10. realmente é preciso saber quando parar. existem um momento que se percebe o limite, que percebe onde você se retira. não dá pra querer vencer só por vencer, porque você até perde o desejo da coisa. saber que o outro não quer já é suficiente pra não querer mais também - deve ser / as vezes é, as vezes não.
mas o as vezes não toma pra você, transforma numa vontade da próxima vez, trabalhar isso, talvez. não sei. mas não acredita que precisa ganhar, e aí as vezes ganha e cai numa situação diferente do que te fez movimentar em primeiro lugar.
e isso vai desde encurralar alguém até procurar mais a pessoa do que ela tem se mostrado disponível. - amigos
as pessoas saem das nossas vidas quando tem que sair. porque não pertencem mais, porque não vão te nutrir. o que deve ser feito é tentar enxergar e entender os porquês disso. seja porque você não cabia mais na vida das pessoas - oportunidade, vontade - seja porque não ia te trazer bem. não deixa de ser difícil ver ou se afastar de alguém quando se quer estar perto, ou gostaria de se desejar a pessoa. é um exercício pra não se sentir sobrecarregado pelas energias das partidas e não ficar reefazendo o item acima.
principalmente com as pessoas mais próximas
não deixar que parâmetros pré-estabelecidos minem possíveis relações (ex: machismo - relação entre mulheres / competitividade)
entender qual tom de gentileza é suficiente pras pessoas
a8.me vejo nessa constante condição de analisar as opções com o mesmo nível de prazer. é tudo 50/50, e é engraçado olhar a vida como uma sempre aberta possibilidade das coisas serem boas - mesmo que diferentes*1. porque é isso, elas são mais diferentes que melhores umas que as outras.
o meu desvio, que faz com que seja 49/51, sempre (ainda) me surpreende. ainda não entendo tão bem como funciona. - as vezes fico só esperando que essa circunstância apareça.
o10.*1 inclusive quando as situações saem completamente do controle e você cai em ainda estar com vontade de fazer outra coisa e nada se realizar, se aprende alguma coisa. - ficar em casa numa sexta a noite vestida fumando e ouvindo música com a BB, continuava com vontade de sair muito no dia seguinte mas entendi que pode ser bom também - respondendo uma questão que tava muito presente de novo: precisar sair de casa por estar muito tempo aqui e ficar aflita com a possibilidade de não.
a vida é esse jogo sequencial de acontecimentos, de possíveis mãos, de possíveis interações entre as pessoas / o meio / vontades. e as vezes surgem algumas situações conflitantes, que nos fazem questionar as consequências - porque só podemos especular e não ter certeza. aí encontra-se aflição, sentimento de dúvida, preocupação - porque as vezes são é resolvível direta e rapidamente mas em algum momento isso vai se resolver, sem dúvidas.
situ: conversa boa seguida de briga. dúvida sobre o que prevaleceu.
só acontece.
as respostas vem, de alguma forma, e cabe a você manter os olhos abertos aos acontecimentos, a sua sequência, a energia das coisas, das pessoas, de você mesmo no lugar. saber onde você se encontra no conflito, e ter tato o suficiente pra saber quando tomar a decisão - não pré estabelecer as coisas antes de deixa-las acontecerem. tudo é sempre possível.
por mais ingênuo que possa parecer, as coisas que li, os artigos que cruzei procurando mais seriamente as matérias que ele me passou pra estudar pra prova, me fez ter um pouco mais de sede disso. quer dizer, me vejo enrolando constantemente esse processo de me dedicar aos momentos de lucidez e fome.