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Agimos como cegos, cuja parcela escraviza e explora os outros cegos mais fracos ou omissos, e mesmo esses últimos não se importam se a parte mais fraca entre eles arque com a maior parte da dor e humilhação, desde que o alimento continue vindo. Se consideram presos, mas não sabem que estão livres há muito... Só que a maioria não sabe viver com o estado de liberdade, pois não há união, não há entendimento.
Engraçado que é quase uma continuação da idéia dos dois posts anteriores. Estamos tão cegos que, quando alguém vê e aponta uma maneira de sair de uma situação difícil, e diz "vamos precisar de todo mundo pra conseguir" nós o culpamos e insultamos, em vez de tentar, em vez de incentivarmos os outros a seguir naquela direção. Nós o culpamos pela nossa fraqueza, nossa incapacidade. Isso quando não achamos que o cara talvez esteja nos levando pra uma armadilha, e aí matamos ele. E olha que ele nem está pedindo pra segui-lo "cegamente", pois a situação é tal que até um cego pode "ver". Talvez estejamos esperando que o cara que vê faça tudo por nós, que nos carregue nas costas até a saída, mas ele só está dizendo "não podemos continuar desse jeito, precisamos sair daqui ou morremos" e, ao invés de propormos soluções, perguntamos ao cara "o que que você vai fazer a respeito? Não está vendo nossa condição de cegos? Não podemos fazer nada desse jeito! Cadê a comida? Deixe de falar e me dê a comida!!"
E assim continuamos em nosso confinamento.
Mas de todos os grupos que se engajam em guerrilhas virtuais os que mais me impressionam são os ateus. A fé deles num mundo melhor sem deus é tal que um só membro do grupo poderia mover cordilheiras inteiras. Hoje se tornaram aquilo que perseguem.
Chatos virtuais, imaturos e despreparados em sua maioria para um debate sobre fé (que confundem com cristianismo, parece que todo ateu é cristão). Destilam ódio com piadas ofensivas se auto intitulando arautos da razão enquanto replicam trechos de falas de Dawkins (o profeta máximo da fé ateistica) aos quatro cantos sem ao menos ponderarem sobre aquilo que replicam.
São meninos mimados (ao menos se comportam assim) que se revoltaram contra a obrigação de irem para a missa ao domingos quando eram crianças, que acreditam piamente que toda a injustiça no mundo é prova, hora que deus não existe, hora que ele é mau, o contrassenso de tudo é que acreditam como beatas na razão humana, como se não fosse o homem fonte de toda injustiça. Agem como pessoas que usam óculos escuros à noite para mostrarem personalidade.