- No que consiste a atividade do pensamento?
- Toda atividade de pensamento comporta distinção (principalmente entre objetos e meio),
- objetivação (caracterização do objeto por meio de traços invariantes ou estáveis),
- análise (decomposição do objeto em suas unidades constitutivas e possibilidade de isolar um objeto ou parte de um objeto)
- seleção (dos caracteres julgados essenciais ou pertinentes, do objeto considerado).
❤ QUESTÕES - BANCA CESPE:
❤ Ano: 2010
- Banca: CESPE
- Órgão: ABIN
- Prova: Oficial Técnico de Inteligência – Área de Comunicação Social – Jornalismo
- No que se refere aos aspectos fundamentais da tradição teórica e da produção da chamada Escola de Frankfurt, julgue os itens subsequentes.
- (ITEM 137) Na história das teorias da comunicação, uma linha de pesquisa que se afasta das conclusões da Escola de Frankfurt, ainda que trate da indústria cultural, conceito comum às duas tradições, é a Teoria Culturológica, com destaque para o trabalho de Edgar Morin.
❤ Ano: 2008
- Banca: CESPE
- Órgão: SEDU-ES
- Prova: Professor - Língua Portuguesa
- Costuma-se definir aprendizagem como mudança de comportamento. Esse termo não se aplica somente às atividades escolares, mas é um fenômeno do dia-a-dia que ocorre desde o início da vida. Uma área específica dentro da psicologia investiga a aprendizagem e seus processos.
- Julgue os itens que se seguem, relativos às teorias da aprendizagem.
- (ITEM 66) Edgar Morin apresenta a racionalidade cartesiana como necessidade de abandonar a unilateralidade do pensamento e encarar a realidade como algo muito mais complexo, concebendo outra forma de conhecer que, mesmo não sendo mensurável e demonstrável, é compreensível ou aceitável.
- GABARITO: ERRADO.
- COMENTÁRIO: Concebida como uma crítica radical ao saber fragmentado, herança do modelo cartesiano e mecanicista que presidiu o desenvolvimento científico desde o séc. XVII, a Teoria da Complexidade só pode ser compreendida a partir dos diferentes aspectos que compõem esta crítica.
- (ITEM 67) Segundo Edgar Morin, o termo complexus, de origem latina, representa aquilo que junta, não separa, religa e não fratura. Quando aplicado a uma teoria que busca compreender o ser humano, analisa os constituintes que formam a sociedade como diferentes e relacionados, encara a sociedade como um conjunto, isto é, como uma complexidade, um sistema formado por elementos distintos em interdependência.
❤ Ano: 2005
- Banca: CESPE
- Órgão: Instituto Rio Branco
- Prova: Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia
- O ser humano nos é revelado em sua complexidade: ser, ao mesmo tempo, totalmente biológico e totalmente cultural. O cérebro, por meio do qual pensamos, a boca, pela qual falamos, a mão, com a qual escrevemos, são órgãos totalmente biológicos e, ao mesmo tempo, totalmente culturais. O que há de mais biológico — o sexo, o nascimento, a morte — é, também, o que há de mais impregnado de cultura. Nossas atividades biológicas mais elementares, como comer e beber, estão estreitamente ligadas a normas, proibições, valores, símbolos, mitos, ritos, ou seja, ao que há de mais especificamente cultural; nossas atividades mais culturais — falar, cantar, dançar, amar, meditar — põem em movimento nossos corpos, nossos órgãos, portanto, o cérebro.
- A partir daí, o conceito de homem tem dupla entrada: uma entrada biofísica, uma entrada psicossociocultural; duas entradas que remetem uma à outra.
- À maneira de um ponto de holograma, trazemos, no âmbito de nossa singularidade, não apenas toda a humanidade, toda a vida, mas também quase todo o cosmo, incluso seu mistério, que, sem dúvida, jaz no fundo da natureza humana.
- Eis, pois, o que uma nova cultura científica pode oferecer à cultura humanística: a situação do ser humano no mundo, minúscula parte do todo, mas que contém a presença do todo nessa minúscula parte. Ela o revela, simultaneamente, em sua participação e em sua estranheza ao mundo. Assim, a iniciação às novas ciências torna-se, ao mesmo tempo, iniciação à nossa condição humana, por intermédio dessas ciências.
- Paradoxalmente, são as ciências humanas que, no momento atual, oferecem a mais fraca contribuição ao estudo da condição humana, precisamente porque estão desligadas, fragmentadas e compartimentadas. Essa situação esconde inteiramente a relação indivíduo/espécie/sociedade, e esconde o próprio ser humano. Tal como a fragmentação das ciências biológicas anula a noção de vida, a fragmentação das ciências humanas anula a noção de homem. Assim, Lévi-Strauss acreditava que o fim das ciências humanas não é revelar o homem, mas dissolvê-lo em estruturas.
- Seria preciso conceber uma ciência antropossocial religada, que concebesse a humanidade em sua unidade antropológica e em suas diversidades individuais e culturais.
- Edgar Morin. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o
pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004, p. 40-1 (com adaptações).
- Com base no texto acima, julgue os próximos itens.
- (ITEM 15) Edgar Morin cita Lévi-Strauss como o precursor da abordagem científica da antropologia social orientada para a diversidade da humanidade.
- (ITEM 9) Os vocábulos “biofísica” e “psicossociocultural” (L.16), formados por composição, expressam, na morfologia, a proposta de abordagem interdisciplinar no estudo do ser humano apresentada por Edgar Morin.