- é pouco mais de quatro horas e meia mais velho que a gêmea, Hannah. Religiosamente, no entanto, nasceram em datas diferentes mesmo assim;
- ele e a irmã tinham pouco menos de seis anos quando a segunda guerra acabou, tendo os dois saído de Kiev com a mãe no fim de 1939 e fixado residência em Alcion em 1940;
- assim sendo, não conheceu direito o pai. Ele seguiria atrás dos três tão logo conseguisse dinheiro o bastante. Sua última carta chegou às mãos de Elisheva em 1942, mas presume-se que foi escrita antes, e presume-se que depois de escrita ele tenha sido levado a um campo ou executado por oficiais;
- memórias traumáticas não são exatamente claras - percebe-se que há algo mal resolvido com relação a viver em fuga, entre bombardeios e vendo uma cidade ser reconstruida quase do zero durante a primeira década de vida... mas não exatamente memórias;
- a principal pista é uma aversão absoluta a barulhos altos e uma tendência a evitar subterrâneos - metrôs inclusive. Metrôs são definitivamente o pesadelo porque são barulhentos e têm uma arquitetura semelhante à de um abrigo subterrâneo;
- é meio óbvio quando você analisa com calma, mas: não há figuras masculinas expressivas na vida dele além do genro e dos filhos da irmã. Foi criado entre duas mulheres, casou-se com uma mulher, só teve uma filha mulher, só teve uma neta mulher. Isso certamente foi evocado durante o cisma familiar pós The Salt;
- quem mantém o quarto da filha falecida arrumado é ele;
- foi a primeira pessoa a duvidar da teoria do suicídio de Edward, antes até da mãe e da filha dele. Seu raciocínio é que se fosse um suicídio real o verdadeiro Edward teria feito uma carta de despedida de quatro páginas, repleta de citações a poetas e metáforas com a natureza, com ao menos uma página expondo o próprio pai como uma pessoa horrível, de modo a tornar a própria morte um ato útil e esteticamente aprazível;
jul 10 2017 ∞
jul 10 2017 +