you are the cause of my euphoria

    • eu nem sei como começar esse texto. de verdade, eu planejei, pensei em mil coisas pra dizer, em como fazer isso, mas! impossível. impossível organizar tantos pensamentos sobre você, resumir tanto significado em palavras. na vida, tem coisa que não tem explicação realmente, e uma delas é você pra mim, o tamanho da sua importância. mas vou fazer da seguinte forma, e espero que goste, te amo!

Ela mordeu o lábio inferior tentando conter um sorriso. Seus pequenos dedos pairaram no teclado abaixo, a mente divagando em tantos acontecimentos. Não sabia o que descrever ou por onde começar. Mas em breve, os movimentos de seus dígitos se tornaram fluídos e consistentes. Começou nas semanas antes do dia três de setembro, onde o primeiro beijo ocorreu. Voltar àquele momento era como se seu coração inflasse, querendo fugir do peito. Tanta coisa havia acontecido naquela noite, mas a loira se lembrava claramente de o beijo entre as duas ter sido a coisa mais memorável e maravilhosa de ter se passado. Havia sido seu primeiro beijo com uma garota, mas isso não era o fato que a marcava, e sim de ter sido com a sua melhor amiga. Aquela garota bonita que a fazia tão feliz, que a deixava tão bem, que tanto a prezava. Tinha a leve consciência de que no fundo, ela estava desejando aquilo fazia um tempo. Ficava ainda mais alegre de saber que nada havia mudado e as duas continuavam normais uma com a outra. Se lembrava de no dia seguinte ter confessado à uma amiga próxima sobre o tal beijo, e de ter escutado da outra que tudo aquilo se assemelhava à uma fanfic. Riu, concordando. E talvez, tenha sido ali, bem no dia seguinte, que Bruna havia escorregado naquele abismo. Não sabia quando exatamente havia caído de fato, mas se dera conta em um momento que não conseguia parar de pensar na menina, entretanto de uma forma bem diferente de como pensava antes. Cogitava como seria se fossem um casal, se tivesse mais beijos seus à seu dispor, com seus toques, carícias... Palavras românticas trocadas. Soltou um riso ao escrever sobre tudo, pois o modo como as coisas aconteceram depois, tinha sido perfeito. Amava o fato de terem se beijado e confessado a paixão uma para a outra novamente em um bar de rock, em um banheiro, um espelho quebrado e cheiro de caipirinha para todo o lado. Sua cabeça girava um pouco naquela hora, e sabia que a da garota, ruiva na época, também. Se divertia ao lembrar que deixara os colegas de trabalho na mesa, e sumiram por tempo demais, tímidas, porém aproveitando a presença, a tensão, a emoção da reciprocidade entre ambas. Um beijo para calar, outros para acreditar. O sol no dia seguinte nascera diferente, e Bruna mal conseguia acreditar na beleza daquele anjo, acima de si em sua cama. Tinha vontade de gritar e de espernear e contar aos sete ventos que estava namorando aquela garota tão linda, no dia três de setembro. O mais impressionante, é que depois desse dia, a ligação começou a ficar mais intenso, mais apertado, mais junto e colado. Houveram algumas brigas, desentendimentos. Mas a moça sempre se pegava pensando em como a semelhante a conhecia, sabia de suas manias, tinha conhecimentos de detalhes que mal ela percebia. Gostava muito disso. Sempre apreciava o fato do relacionamento entre as duas impulsioná-la a ser melhor, a reconhecer que era amada da melhor forma, e que as coisas ruins que se antecederam na sua vida não importava mais; pois tinha a melhor pessoa ao seu lado. Tinha uma adoração em particular por suas caras e bocas, ao formato de seu rosto e boca - tão macia e sempre tão convidativa -, a textura de sua pele, o olhos e as cores escuras que se tornavam mais claras na luz do sol. As orelhas pequenas e delicadas, suas mãos esguias e na maior parte do tempo frias, sua voz sempre surpresa ao se dar conta de que as da menor eram sempre mais quentes. Seus pés, suas coxas, sua barriga, seus braços. Não sabia o que mais amava, o que mais tinha prazer em tocar, ver e admirar. Talvez, ou com certeza, fosse o pacote completo. Seu coração sempre se descontrolava, mas havia aquela simultaneidade de calma, de paz dentro de todas suas veias. Havia algo de quente no jeito em que Brenda a abraçava e sorria de manhã; na maneira como sua mão sempre procurava a sua e a entrelaçava; nos atos de carinho que só a morena sabia como demonstrar. Bruna não era exatamente boa com palavras ou com descrições de seus próprios sentimentos, uma barreira sempre a cercou neste tipo de questão, mas tinha vontade infinita de poder dizer as coisas mais bonitas, lhe dar as coisas mais preciosas e cuidá-la de uma forma que achou que nunca quereria com alguém antes. A amava de um jeito muito completo e pleno. Um ano. Discursos que poderiam virar um livro. Guardava cada momento em mente, na parte de coisas felizes que acessava para lhe dar conforto. Os momentos ruins tirava de aprendizado e gratidão por conseguirem ultrapassar cada circunstância. E mal conseguia se conter para ver tudo o que tinham pela frente. Queria fazer tudo ao lado dela e com ela. Não conseguia se imaginar sem sua presença, seu calor, seu jeito... A considerava um presente que não sabia como agradecer ao universo, mas que sabia que queria manter para todo sempre. O mundo que Brenda havia aberto para si era cheio de cores, as mais bonitas, vibrantes, quentes. Também repleta das mais suaves e frias. Era um compilado de tudo o que necessitava. Era completo. E o melhor de tudo, era que estava neste mundo, misturado ao dela, formando um quadro confuso e bonito, intenso e pacífico. A amava. E estaria ao seu lado para o que fosse.

      • happy one year! i love you.
sep 3 2018 ∞
sep 3 2018 +