Essa foi a ultima poesia que escrevi para você, talvez a ultima, se bem que sempre vai ter pelo menos um pouco dos seus sentimentos em meus versos, sempre vai ter pelo menos um pouquinhozinho de você em mim, pra sempre. Por favor, lê essa poesia com minha voz, como se eu tivesse falando para você, eu escrevi ela no meu momento mais sensível, e cada letra dela é totalmente dedicada pra você.

"Hoje parei para pensar em como é estranho que um amor de meses pode mudar sua vida. Como pode um amor durar tão pouco tempo e doer por tanto? Mas não aquela dor dolorosa, sabe? Aquela dor em que você mudou a si mesmo, aprendeu coisas novas, gírias, gostos, mudou seu jeito, escuta músicas diferentes, assiste, fala e pensa de outra maneira. E quem te ensinou isso nem está mais ao seu lado. Essa dor, sabe? A dor de quem queria ter aprendido mais coisas, de quem queria ver mais do seu mundo, que era tão diferente do meu. Parece até que eu não sabia nada sobre o que é viver antes de te conhecer. Acho que essa dor se chama saudade. Saudade do jeito que seus olhos sorria quando olhava pra mim, das suas manias específicas, do seu jeito de quem vive como se não tivesse medo de nada, que até parecia uma protagonista de um filme. Filme, você vivia falando de filmes, que era apenas uma camponesa, mas pra mim, você era a personagem principal, muito além de uma camponesa, você era minha princesa. Eu analisava cada detalhe seu, da sua vida, como se eu estivesse vendo um filme. Essa dor que eu sinto é de que o filme acabou e não vai ter continuação, porque dessa vez eu não sou um personagem no filme, nem um espectador. O filme simplesmente acabou, e eu não posso fingir que esse filme não me mudou e nem fingir que eu me arrependo de ter visto ele. Machucou ter visto, mas é tipo aquele filme que você chora no final e que, se pudesse, esqueceria só para poder assistir como se fosse a primeira vez, a verdade é que se eu pudesse, eu me desapaixonaria por você pra poder me apaixonar por você de novo, mas afinal, não podemos mais estar juntos, porque pensamos diferente, né?"

jul 21 2024 ∞
jul 21 2024 +