dou passos curtos e lentos para achar o que se deve observar, longos e rápidos para chegar em algum lugar. sempre olhando para os lados, me encontro empenhada em ser, querer, ter. acho algo, me animo com a rapidez em que a gravidade me puxaria para baixo caso eu pulasse do parapeito; me sinto feliz com a doce ilusão de que enfim pude provar minha suficiência. desacreditada, me encontro novamente comparando-me com mil e duas pessoas, destruindo em segundos o que havia construído em meus pensamentos de que fizera algo bom uma única vez em minha existência. acordo para a realidade como um baque: minha insuficiência continuava clara como o meu abate.