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ela não tinha muito amor pela vida, vivia emaranhada com porquês sem respostas. tampouco exclamações eram tudo o que a cercavam, havia junto as suas dúvidas incompreendidas, muito amor pelos bichos e, raramente, guardava um carinho por seres humanos – mesmo beirando a incomunicação, acreditava que todos tinham um lado bom.
sempre estivera sonhando tão alto, absorta em teu próprio mundo, que mal lhe sobrava palavras para ser descrita, pois tudo que havia em sua mente era, igualmente, desconhecido pela razão. era uma menina incomum, inteligente em aspectos únicos e boba em convencionais. procurava incansavelmente teu caminho em um planeta tão vasto, mal sabendo que estava logo atrás.
para ela, tudo era uma bagunça similar aos pensamentos. por guardar tanto, explodia em trilhões de sentimentos com facilidade. odiava ser descrita como criança, mas sua inocência entre a maldade e incapacidade de solucionar problemas tão triviais era nítido. sendo mal ou bem vista, seu coração era enorme e sua ânsia de conhecimento estava sempre presente.
o que mais chamava atenção em seu jeito, era que, apesar de tantos furacões, ainda achava forças para sorrir e tinha fé que, um dia, quem sabe um dia, ela conseguiria encontrar o seu caminho para a vida que tanto sonhou.
para onde a levaria até a felicidade e finalmente encontraria algo em que se sairia bem, podendo enfim descansar sabendo que ali é seu lugar.