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difícil seria eu descrever minha personalidade convivendo com o borderline, já que com ele: eu posso ser muito idiota, muito negativa, muito imbecil. eu posso ser muito otimista, muito sorridente, muito varonil. eu posso ser a rainha do planeta, o príncipe encantado, a vilã da novela. eu sou instável, complicada e nada fácil de lidar. não sei como meus amigos ainda estão aqui, mas sou grata por cada um deles.

poderia passar horas dissertando sobre o quão feliz eu sou por ter cada um deles em minha vida e o quanto eu não os mereço, mas esse aqui é sobre mim e meu íntimo. eu sou emocionalmente imprevisível, isso de certa forma é bom...? acho divertido que ninguém consiga de fato prever qual será minha reação exata. vivo de extremos, extremamente eufórica, extremamente deprimida, extremamente irada e por aí vai. acho que a maneira intensa que minhas emoções afloram são poéticas.

apesar de tudo, não me considero uma má pessoa, na verdade, (por mais incrível que pareça) considero minha aura clara e leve. não tenho problemas com falta de transparência, isso pode ser ruim e bom na mesma intensidade, seja eu transparecendo felicidade genuína com facilidade ou sendo passiva-agressiva sem o menor esforço.

eu me acho tão excêntrica, original e cheia de ideias, uma alma jovem que não se cansa, que quer nascer e viver. sou alguém que precisa andar, ver a vida, ir embora. eu sou assim: exagerada, vivo de excessos, eu preciso de mais e mais para que eu consiga, assim, a vida aflorar em mim.

embora coisas simples da vida fazem eu me sentir completa por breves momentos, como dançar com a lua ou tomar um banho de chuva, me sinto vazia, como se algo estivesse faltando, com a sensação que eu preciso me encontrar e o medo de não conseguir. tenho pressa em viver e o receio de envelhecer, preciso me sentir assim: queimando como se tivesse um milhão de sóis dentro de mim. e que Deus me ajude, mas eu sou assim cheia de espetáculos.

jun 1 2023 ∞
jun 2 2023 +