• love and solitude

Ambíguas são as inúmeras formas de se sentir sozinho. Solidão não tem cara e não bate na porta. Ela é presente. Ela é companheira fiel e conselheira cruel. Abstrata, sem forma nem nome, está dito a falta de identidade a qual esta se alimenta. Falta de voz, de toque, de conversa, de intimidade. A falta do compartilhar e ter o prazer da reciprocidade das intenções. Falta do conhecer. Conhecer é a semelhança de ideais, conflito de interesses, a discordância de opiniões e gostos pessoais. É a porta de entrada para novos mundos, novas perspectivas. Entrada ao qual requer uma pergunta chave a quem lhe almeja: “qual o seu nome?” Perguntar o nome daquele ao qual não deseja conhecer não faz jus ao próprio dialogo. O nome. Aquele que carrega o peso da apresentação do que compõe o mundo detalhado e ramificado que é o ser interior. Entretanto, por que não se há a audácia de se perguntar o próprio nome? O conhecer de si carece de atenção e se apresenta como telespectador da solidão acompanhada do preencher daquilo que não somos. Do mundo e do desejo de outros, vivendo do nome escolhido por seus familiares sem ao menos questionar “por que nomear alguém incapaz de compartilhar suas próprias opiniões?”. E esquecem de perguntar após a metamorfose. Crescer e ser aquilo que não é. Conhecer é o falar, o tocar e se tocar, é conversar e se intimidar. É compartilhar e saber que é reciproco o prazer vindo de si mesmo. É idealizar, interessar e se desinteressar, mudar de opiniões, desgostar. A perspectiva. É abrir a porta de seu mundo para aqueles que lhe almejam e desejam lhe chamar por seu nome. Ambíguas são as inúmeras formas de se sentir sozinho. E quando estiver, almeje e se permita perguntar a si: Qual o seu nome?

jan 21 2019 ∞
jan 21 2019 +