- Parece que eu te tenho aqui, quando eu fecho quase que completamente os olhos. Prendo com força todas as lembranças das noites em claro e do cheiro de cigarro quando não o de tabaco enrolado. A sinestesia em todos os momentos me vem e meu coração se aperta a ponto de quase se partir em mil fragmentos. Fecho os olhos de novo e agora me vem imagens, estacionamentos, cangas, minhas pernas tremem pela falta de controle; percorro sua barba com meu rosto. Me impressiono com a noção de tempo, não tem logica, todas as contagens regressivas em anos-luz. Meu bem, você não sai da minha cabeça, puxou uma cadeira e por la ficou, mas entenda que a situação atual eu nao quis. Dai penso nas minhas pernas entrelaçadas nas suas, meu peso sob você, minha cabeça ligeiramente inclinada pra traz, o aperto, os arranhões, a ritmaçao, sua língua desbravando meu corpo, sua testa sempre franzida e seu jeito compenetrado até o momento em que você faz alguma rima a partir do meu nome. Gritos saem do fundo do meu âmago e clamam por mais um dia em que eu possa descansar meus olhos dos seus sem dizer nenhuma palavra. Nao foi por querer que eu te quis, desculpa. Quando estamos separados eu esqueço porque nao podemos ficar juntos. Me dói mais que tudo ouvir que hoje te deixo infeliz. Mas nao poderia ser diferente. Me sinto cruel, suja e solitária. Queria ser só saudades, só carinho, sem tristeza. Nao te peço nada, nem que me espere, essa esperança pairando no ar é intoxicante. Te amo profundamente, mas nao nos pertencemos mais.
- je t'ai dans la peau.. tu me manques beaucoup.
aug 4 2013 ∞
aug 21 2013 +