Texto 1Como acompanhar e avaliar o processo de aprendizagem dos alunos em Matemática (anos iniciais)

O acompanhamento que temos em mente não é do tipo passivo e observador; ele se relaciona à ideia de ajudar na caminhada, oferecer auxílio adequado e eficiente para que o aluno consiga desenvolver plenamente as habilidades propostas, e o regulador desse auxílio é a avaliação. A avaliação se vincula a esse processo com a intenção de mapear as defasagens, proporcionando ao professor a oportunidade de criar e aplicar atividades adequadas ao nível de dificuldade e ao conteúdo, a fim de suprir as deficiências diagnosticadas. A avaliação examina o processo, utilizando para isso os resultados produzidos pelos alunos que passaram por ele.

Um processo de acompanhamento eficaz pode ter as características a seguir:

  • Ser contínuo, sem a necessidade de registros escritos aula a aula, mas de cuidadosa observação.
  • Ser sistemático. Ao perceber uma dificuldade, esta deve ser revisitada periodicamente para verificar se houve evolução no processo de desenvolvimento da habilidade.
  • Fazer registros breves, sem muitos detalhes e sem rotular condutas, que serão os norteadores das ações.

Texto 3Como integrar as competências gerais da BNCC à Matemática

Inicialmente, devemos pensar que as competências gerais têm por objetivo proporcionar o desenvolvimento integral dos alunos ao fim do Ensino Fundamental. Isso só será possível se o aluno tiver: adquirido o conhecimento específico para tal, dominado as habilidades que esse conhecimento gera e desenvolvido atitudes positivas para usar, difundir e ampliar esses conhecimentos.

Texto 4Como integrar dois ou mais componentes curriculares em diferentes anos e como avaliar esse processo

Assegurar aos alunos um percurso consistente de aprendizagem, promovendo a integração e o resgate de temas que necessitem ser revistos é vital para progressão orgânica do aprendizado.

Apesar de o aluno às vezes não conseguir expressar de forma eficiente tais expectativas, é papel do professor reconhecer os fatores que motivam sua presença, possibilitando, assim, escolher os conteúdos de modo mais adequado às suas expectativas e, naturalmente, os métodos mais convenientes para conduzir a prática educativa. É papel da escola incentivar a autonomia intelectual, a compreensão de normas e os interesses pela vida social.

O professor de Matemática do Ensino Fundamental deve considerar essas inúmeras particularidades e dividir com a escola as responsabilidades na educação de alunos de uma geração em constante mudança, com acesso a diferentes fontes de informação, que tanto podem auxiliar quanto atrapalhar a aprendizagem. Seu papel deve ser garantir a diversidade na aula, não descartando a aula expositiva, mas abraçando outros recursos, como trabalho em grupo, articulação de atualidades e a exploração da tecnologia, por meio de observações empíricas do mundo real, com suas representações, tabelas, figuras e esquemas, sendo associadas a uma atividade matemática, por exemplo.

Concluímos, então, que o papel do professor de Matemática e da escola no Ensino Fundamental, na atualidade, deve ser atingir a atenção e o interesse do aluno e depois transferir esse interesse para o aprendizado do conteúdo. Isso pode representar um grande desafio, dado o perfil de mudanças que esses alunos estão passando, sua interação social e virtual e o contexto que estão inseridos. Os alunos se demonstram capazes de progredir e assumir multitarefas com relativa facilidade, porém, na mesma intensidade, podem perder o interesse pelos assuntos e tendem a demonstrar um menor poder de concentração. A oposição entre os métodos tradicionais de ensino e aprendizagem com a rapidez da tecnologia a que se tem acesso e a efemeridade com que as informações são tratadas atualmente, muitas vezes, pode gerar entraves e desinteresse, somados ao desafio dos professores em se atualizar e lançar mão de diferentes recursos de ensino.

aug 3 2023 ∞
aug 3 2023 +