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Depois que expulsei a todos// Com o grito surdo do meu surto// Tá grande demais o meu corpo// Eu não caibo em mim//
Sempre pensei que pudesse escutar bem mas// Eu mal me escuto// Apesar de falar muito as minhas histórias nem parecem pertencer a mim//
(eu não me reconheço mais)
Será que eu sou do tipo que causa sequela?// No fim me preocupo somente comigo e com ela// Com a alma e a poeta// Ambas desprezadas e somante aclamadas solitárias no silêncio profundo vazio do escuro// Onde nem eu consigo me ver//
(será que eu sou de fato algo?)
A poeta que habita em mim saúda a poeta que existe em você// Acuda meu desejo de por um fim na parte de mim que não é poeta// A poeta que habita em mim saúda a poeta que existe em você// Acuda meu desejo de por um fim na parte de mim que que não é poeta
E se eu partir? Caso eu exista de algum jeito além daqui,onde ninguém consiga me ouvir, será que eu morro? Será que eu diluo a parte de mim que alimenta a poeta?
Será que eu morro?
(Não desiste do teu poeta. Nem de si.)