• Enfim, depois de tanto erro passado
  • Tantas retaliações, tanto perigo
  • Eis que ressurge noutro o velho amigo
  • Nunca perdido, sempre reencontrado.
  • É bom sentá-lo novamente ao lado
  • Com olhos que contêm o olhar antigo
  • Sempre comigo um pouco atribulado
  • E como sempre singular comigo.
  • Um bicho igual a mim, simples e humano
  • Sabendo se mover e comover
  • E a disfarçar com o meu próprio engano.
  • O amigo: um ser que a vida não explica
  • Que só se vai ao ver outro nascer
  • E o espelho de minha alma multiplica...

(vinicius de moraes - 2004)

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