ani,
eu não soube como reagir no instante em que li o seu nome, me referindo ao momento em que o sorteio aconteceu. acredito que eu sempre soube que, de todas as pessoas, você seria a mais difícil delas. confesso que, de início, eu hesitei em te ter como a minha amiga secreta e, naquele momento, qualquer pessoa teria sido uma ideia mais conveniente. não me pergunte o porquê, eu só tinha a certeza que falar sobre você ou, eu, tentar fazer algo que te faça sorrir, pareceu ser a tarefa mais difícil do mundo, mas agora, aqui, talvez, falar sobre você seja algo belo e oportuno, uma oportunidade de fazer com que você se veja aos meus olhos e que você me veja perante a você. “nos reconhecer” seria a melhor expressão? eu não quero conhecer você, porque ir descobrindo e aprendendo mais sobre você é uma aventura que ainda posso desfrutar, já que com tantas indagações sobre você que eu ainda me pergunto, eu não posso dizer que te conheço. ani, não leve isso como algo ruim, a partir do momento em que conhecer você é instigante. mas, de milhares de pontos de vista, eu não posso dizer que não te conheço, já que existe uma ani em mim e há inúmeras coisas que me fazem lembrar dela, justamente por ter tido a oportunidade de a conhecer. eu não sei o que me fez duvidar tanto a capacidade de te ter como amiga secreta ou quais medos me rodearam, mas hoje, pensando sobre você, sobre nós, sobre esse laço que criamos, te fazer sorrir, um pouquin se quer, é o meu objetivo.