o menino quer um burrinho para passear. um burrinho manso, que não corra nem pule, mas que saiba conversar.

o menino quer um burrinho que saiba dizer o nome dos rios, das montanhas, das flores — de tudo o que aparecer.

o menino quer um burrinho que saiba inventar histórias bonitas com pessoas e bichos e com barquinhos no mar.

e os dois sairão pelo mundo que é como um jardim apenas mais largo e talvez mais comprido e que não tenha fim.

(quem souber de um burrinho desses, pode escrever para a rua das casas, número das portas, ao menino azul que não sabe ler.)

jul 24 2018 ∞
jul 16 2020 +