Recentemente eu descobri duas coisas: (1) uma música que me lembra muito o senhor e (2) que eu ainda não superei sua morte. Sabe, eu percebi a segunda coisa prestando atenção na forma na qual eu lido com isso. Primeiro que eu digo que você se foi, mas para onde? Eu trato como o senhor fosse fazer uma viagem e logo logo estará de volta. Percebi que não superei porque sempre que penso que essa viagem não tem passagem de volta, o meu peito dói imensamente. Acho que é por isso que eu queria tanto visitar o seu túmulo, talvez assim eu entenda isso de uma vez por todas.
Agora sobre a música, que estou escutando agora mesmo enquanto escrevo, ela é tão bonita queria tanto que você pudesse escutar. Pensando bem, ela só faz sentido agora que o temporal passou. Eu queria tanto que você voltasse, queria tanto poder te abraçar de novo. "Se eu pudesse fazer o relógio voltar, faria que a luz derrotasse a escuridão, passaria cada hora de cada dia mantendo você seguro". Essa música mostra tanto a minha situação atual que me assusta, por mais que acredito que o significado inicial não é a forma com que eu interpreto. Eu não quero brigar mais, porque estou tão cansada de tudo que me tornei tão intolerante. Não quero esconder mais, não quero esconder que não estou bem em relação a sua morte. Não quero chorar mais, porque chorar não te trará de volta. Eu só quero o seu abraço essa noite, e amanhã e pelo resto da vida.
Eu escalaria montanhas por você.
Queria você pudesse ver que você é a minha razão. E sempre foi.