Eu sinto o surto que chega. Mais uma vez. Mãos geladas, suadas e inquietas. Esse surto me move, por mais que me desnorteie. “O que é isso? ”, eu me pergunto. E espero… Até meu próprio silêncio me perturba. Nem eu mesmo sei a resposta. E as mãos não esquentam. Mas, ao menos, se aquietam. Nem eu mesmo entendo minhas linhas. Nem eu mesmo entendo essa sensação. E torço. Torço e fecho os olhos. E peço. Peço, para seja lá o que for, Que tais palavras sejam só manchas na tela desse computador. Ah, Quanta inveja daqueles que não as entendem. Sim, sinto tal inveja. Queria não as ter compreendido. Elas. As palavras que me trouxeram o surto.

aug 10 2015 ∞
aug 10 2015 +