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by Eça de Queirós
- (...) do amor só experimentou o mel – esse mel que o amor reserva aos que o recolhem, à maneira das abelhas, com ligeireza, mobilidade e cantando.
- Amei aquela criatura. Amei aquela criatura com Amor, com todos os Amores que estão no Amor, o Amor divino, o Amor humano, o Amor bestial, como Santo Antonino amava a Virgem, como Romeu amava Julieta, como um bode ama uma cabra. Era estúpida, era triste. Eu deliciosamente apagava a minha alegria na cinza da sua tristeza; e com inefável gosto afundava a minha razão na densidade da sua estupidez.
- Tão facilmente vitorioso redobrei de facúndia. Certamente, meu Príncipe, uma Ilusão! E a mais amarga, porque o Homem pensa Ter na Cidade a base de toda a sua grandeza e só nela tem a fonte de toda a sua miséria.
- Cada manhã ela (a cidade) lhe impõe um novo desafio
- Sofrer portanto, era inseparável de viver.
- (...) pois que a todo viver corresponde um sofrer.