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//hobbies improváveis: de todas as coisas que compõem a mulher que eu sempre quis ser, uma das primeiras sempre foi essa. Não a atiradora, pelamor, mas a mulher de hobbies improváveis. A que de repente revela habilidades que nada têm a ver com o seu trabalho ou do que se espera da sua personalidade e "de uma mulher desse tipo". Imprevisível do melhor jeito, sabe, deusa? Me permitir aprender coisas só "porque sim", "porque me deu vontade", "porque me bateu o fogo no rabo" é a coisa mais linda dessa vida criativa e curiosa que venho desenhando pra mim. Se pensar bem, isso é tão natural para gente quando criança, não é? A gente não precisava de muita justificativa pra se interessar por nada, não. A diversão bastava. Qual é o hobby improvável que você sempre quis praticar e continua aí, guardadinho no seu coração? Já passou da hora de se liberar para vivê-lo, deusa. Muitas vezes o "porque sim" é motivo suficiente.
//sabrina do futuro, conhecimento NÃO é poder. Conhecimento é liberdade - ele te apresenta novas possibilidades para além das que você conhecia antes. Experiência, sim, é poder. Experiência é o que te capacita para usar o conhecimento, para aplicar essa liberdade toda fazendo as escolhas certas em cada situação, para corrigir a prática quando a teoria não for suficiente. E isso, meu amô, ISSO é poder.
//sos malibu: que trabalho criativo o quê. vai descansar também, mia fia.
//permissão: talvez você venha precisando disso há mais tempo do que percebe, então aqui vai... você tem permissão para viver a carreira e a vida criativa que sempre quis mesmo se você escolheu o curso "errado" na faculdade, se não começou cedo e se mudou de profissão mil vezes. você tem permissão para viver a carreira e a vida criativa que sempre quis mesmo se você já entregou um trabalho ruim, se nem todos os seus ex-clientes te amam e se você não conseguiu ser sempre impecável. você tem permissão para viver a carreira e a vida criativa que sempre quis mesmo se você não se considera artística, se você gosta mais de números do que de gente/palavras/cores, se você se interessou mais pelo dinheiro do que pelo propósito quando escolheu isso. seja lá de onde você vem e a bagagem que carrega contigo, você tem permissão. para ser daqui pra frente sem depender daqui pra trás. no fim, criatividade é isso. tornar o caos do passado algo bonito no presente. e disso eu e você entendemos, né, deusa?
//lembrete: não tem nada que eu deseje pra mim mais do que ser uma mulher viajada, estudada, poliglota, bem-relacionada, curada, rica pra caralho, cheia de fogo no rabo e cercada pelas minhas pessoas. qualquer coisa fora dessa lista é sobremesa.
//guarulhos: cresci na cidade do maior aeroporto da américa latina, ouvindo barulho de avião todo santo dia a ponto de sonhar que eles caiam na minha cabeça (juro)... mas só fui entrar em um há pouquíssimo tempo atrás, com 23 anos. às vezes as coisas estão tão perto e tão longe, né? hoje eu amo voar e qualquer oportunidade (e fogo no rabo) eu me meto em um avião. acho que é porque me lembra que tudo aquilo com que eu sonho hoje, por mais distante que pareça, logo logo vai fazer parte da minha rotina. do meu normal. isso se o universo não intervir com sonhos maiores que tornem os meus próprios desnecessários. acontece por aí também, deusa? como me ensinou uma vez @talithaschmidt, é porque na minha vida sempre "é isso ou algo melhor". É ISSO OU ALGO MELHOR, eu repeti hoje enquanto decolava rumo àquele aeroporto de guarulhos outrora tão distante. É ISSO OU ALGO MELHOR.
//pqp: criatividade também é sobre beleza. também é sobre saúde. também é sobre decoração, sobremesa e sexo. a criatividade não precisa de coisa séria pra se expressar. não precisa ser "arte" nem trabalho. uma vez que a gente decide viver uma vida mais criativa ela impregna todas as decisões que a gente toma. se torna hábito. e faz a gente pensar: "pqp, por que eu não experimentei assim antes?". "pqp, por que eu nunca tirei uma foto num fundo vermelho antes?" foi o meu pqp de hoje. tá vendo, eu disse que a criatividade não precisa de coisa séria. qual foi o seu último pqp, deusa? você lembra? talvez você não precise de um curso novo, um trampo novo, um hobby novo para ser melhor criativa, acredite em mim. talvez te falte pqp. já pensou qual vai ser o seu de hoje? isso é criatividade também.
//usp: vocÊ sabia que eu fiz faculdade de cinema, deusa, e que eu fracassei? se durei 1 semestre foi muito. a sabrina criança sempre quis trabalhar criando universos, contando histórias, gravando o mundo... é verdade! mas não foi por isso que eu escolhi esse curso aos 15 anos. Foi porque o que eu queria mesmo era viver todos os meus interesses sem abrir mão de nada. no cinema, eu poderia fazer filme sobre astrofísica, guerras internacionais, primatas... tudo que eu quisesse. onde mais eu ia encontrar isso? só tranquei o curso (depois de uma luta pra entrar) porque esse lado criativo não me era suficiente como eu tinha imaginado. o fogo estratégico ainda queimava em mim. existia a ambição de fazer dinheiro, sim, mas também a de liderar, erguer e mergulhar em negócios. passar os próximos 4 anos num curso integral não me permitia isso. doeu desistir do meu sonho, mas doía mais vivê-lo assim. não se engane - precisei de outros 3 para unir esses meus dois lados. para entender que um não precisava morrer para o outro existir. que eu podia sim ser criativa e estratégica (criatégica não surgiu à toa) e essa seria a minha força aqui e no exterior. hoje tenho tudo pela qual a alma daquela sabrina queimava sem saber. e como eu queria que ela soubesse mas ela nunca vai saber, só me resta contar para você hoje, deusa: desista de abrir mão do que faz parte de você. no fundo, essa é a sua força. e se você der vazão, um dia ainda vão pagar muito caro por ela. em dólar. vezes 5. vai por mim!
//viajar e visitar: visitar e viajar são coisas diferentes. visitar é colocar os pés em um lugar. viajar é se misturar. para cada uma de nós, essa mistura tem uma forma diferente. para mim, ela vem em forma de comida, história e gente. para você, ela pode vir em forma de natureza, de festa, de arte... não importa! só se lembre de se misturar, ok, deusa? essa foto é da mistura de hoje, nessa cidade que sempre sussurrou no meu ouvido que a gente ainda ia se encontrar. então aqui vai uma comida, uma história e uma gente para você se misturar com a gente, eu e ela:
//livros são superestimados: calma! antes de me crucificar, saiba que eu sou uma leitora voraz. e por isso mesmo posso dizer de boca cheia: livros são superestimados. não me leve a mal, eles são excelentes formas de se obter conhecimento e de se aproximar de pessoas com quem você nunca poderá conversar na vida, deusa. mas infelizmente o que eu mais vejo por aí são profissionais se reduzindo a isso. livros, aulas, cursos... como se fosse a única forma de aprender. como se mais um desses fosse a salvação para todos os seus problemas na carreira e fora dela. como se isso fosse sinônimo de repertório farto. não é. pelo menos, não é só isso. repertório é tudo que você toca, vê, cheira, ouve e degusta, deusa. é tudo que você fala, escreve, vive e experimenta. repertório são as histórias das pessoas ao seu redor. repertório são os lugares pelos quais você passa, por mais ordinários que pareçam. repertório é a sua capacidade de enxergar o que há por trás das coisas e enxergar as próprias coisas como ingredientes que, se bem-preparados, depois vão resultar numa mistura deliciosa. talvez você realmente precise ler mais (aí cabe a você a autoavaliação). mas não trate os livros como tábua de salvação para a sua vivência pobre. a lei universal da criatividade não se altera: é viver melhor para criar melhor. SEMPRE.
//obra de arte: várias obras de arte se encarando.
//fatos: como eu amo listas e amo falar dos bastidores do meu trabalho, aí vai uma lista cheia de fogo no rabo sobre como é trabalhar com criatividade (na minha experiência): se o pinterest, o canva e o Google Docs acabarem hoje, a minha carreira morre junto. Brincadeiras à parte, são as únicas ferramentas que eu uso todo dia. / eu precisei estudar inglês pesado sozinha por 4 anos antes de conseguir o meu primeiro cliente internacional. se você me conhece, sabe que é uma língua que eu detestava, mas a minha visão sempre foi muito clara. hoje eu detesto, mas em dólar. / quando eu saí da usp, eu jurei pra mim mesma que nunca mais ia trabalhar com escrita na vida. nada que uma conta no vermelho 2 anos depois não me fizesse mudar de ideia. / exemplos do cotidiano, dados e referências de cultura pop: minha marca registrada. as 3 coisas que você vai encontrar em quase todo texto meu. (confia em mim: tenha uma marca registrada, deusa!) / há 4 anos eu só atendo empresas financeiras e tech. são as que estão acostumadas a pagar mais alto e onde eu mais aprendo. / odeio reuniões. detesto reuniões. fujo de reuniões sempre que possível (e quando é impossível também).
//guerra: complete a frase: uma sabrina com _ não quer guerra com ninguém. (seu suquin de manga, hot pants, agenda sem reuniões, DÓ RA LES)
//mês photodump: quando você termina o mês e vê que o seu maior vício é tornar o seu vision board real. a vida que eu pedi a Deus dá um trabalho... mas é gostosa demais!
//pessoa criativa: eu sei o que você imagina quando pensa em uma pessoa criativa. Ela é artística, provavelmente está suja de tinta e tem ideias maravilhosas a cada minuto, acertei? Sim, essa é uma pessoa criativa, não vou mentir. Mas sabe quem também é? Você. Tomando a sua água, enrolando no seu trabalho, preparando uma gororoba 3h da manhã, rindo com as pessoas que você ama, escolhendo a roupinha de hoje... Você é uma pessoa criativa. Como todo ser humano. E quanto antes aceitar que isso faz parte do seu DNA e nada tira de você, mais rápido vai desfrutar de tudo que a criatividade pode fazer pela sua vida. (Alerta de spoiler: às vezes ela vai te fazer se sentir uma grande gostosa só porque você escolheu um vestidin dourado hoje 🌚🔥)
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//rubi esse anel não é à toa. poderia, pois ele é lindo, mas definitivamente não é à toa. pouca gente sabe, mas lá em 2015, com 17 aninhos, eu consegui o meu primeiro emprego de verdade. esquece os freelas, os bicos, as vendas. emprego. o cenário não era dos mais favoráveis: ano de vestibular, eu estudava sozinha após a escola e não tinha um respiro das 5h da manhã às 21h. mas o gosto por fazer dinheiro falou mais alto. a sabrina estagiária trabalhava o fim de semana todo por 392 reais por mês. 392. gravei esse número na memória. porque foi ali, fazendo 392 fucking reais, que eu me prometi uma coisa. um dia, o preço desse anel não daria nem 10% do meu salário líquido. não faturamento. não salário bruto. líquido, livre, lindo. já na época ele custava mais de 5 mil reais. e seria de rubi, viu, deusa, tinha certeza. que uma dama de vermelho sem um rubi não é nada. aos 24 ele chegou. tá mais caro, é verdade. mas eu também não sou a mesma que eu era aos 17. a carreira, os clientes, a moeda em que recebo. nada seguiu meu plano. sempre o É ISSO OU ALGO MELHOR, deusa. e toda vez que eu olho para ele agora eu penso em duas coisas: eu sou casada com as minhas metas. e na minha vida sempre {sempre, sempre} é algo melhor!
//tatuagem: (photodump das minhas tatuagens) as verdades segundo as quais eu vivo! 🔥
//escada: tenha uma amiga que grita "se joga no chão!" só porque ela é fotógrafa e viu uma escadaria que combina com a sua paleta de cores. vai por mim.
//mês photodump: esse X foi um lembrete de que a vida é sempre {sempre, sempre} mais criativa do que eu. ainda bem.
//cdf: a cdf que habita em mim saúda a cdf que habita em você. eu AMO estudar. já aceitei que vai além de escola, faculdade etc. os estudos são um hobby que vão me acompanhar para o resto da vida. eu AMO entender o funcionamento do mundo, as outras ideias que existem por aí, as formas diferentes de se fazer as mesmas coisas. e o mais importante para mim: o como e o porquê. os estudos fermentam sim a minha vida criativa, mas mais do que isso: são uma das formas que eu expresso a minha criatividade. são um fim em si mesmos. e saber disso me possibilita reservar um espaço lindo no meu tempo, espaço e dórales para estudar com quem desperta o meu fogo no rabo (e no cérebro!). e por aí, que anda fazendo o seu cabeção queimar?
//universos pai, afasta de mim esse fogo no rabo de criar mais três empresas só esse mês. da série "me apaixonei pelo que eu inventei de você": meus exercícios de universo de marca.
//semana: um rolinho de câmera da semana mais louca e gostosa e caótica e alegre da minha vida. se a vida que eu pedi a Deus um dia já deu um trabalho, hoje não lembro.
//fogo: como vocês me imaginam depois de ler meu mapa astral.
//boyfriend: ladies first, baby, I insist.
//fartura: a única coisa que eu diria para a sabrina do futuro se pudesse: um trabalho farto vem de um repertório farto, que vem de uma vida farta. uma árvore debilitada não produz frutos e mesmo se o fizer, serão frutos tão debilitados quanto ela, que os criou. / uma vida farta: nutrir todas as áreas que considerar importantes, procurando dar o mesmo amor ao seu corpo, mente, espírito e às suas pessoas. / um repertório farto: experienciar o máximo de coisas com presença. ver, tocar, cheirar, ouvir, degustar, sentir, sendo capaz de perceber o que há por trás das coisas num nível mais profundo. / um trabalho farto: conecta o repertório e a vida fartos para criar algo nunca feito antes, algo que serve ao mundo e enche o seu rabo de dórales ao mesmo tempo. / "Nós merecemos fartura de vida inteira. Imensa." - @nayralays / se você ainda tem dúvida de como começar a viver esses conceitos na prática, deusa, corre pro stories que hoje tá cheio, FARTO de exercícios. Vem?
//material: quem é essa estudante de vermelho?
//aprendizado: por aqui, eu já usei muito exemplo da vida para refletir sobre criatividade, né? mas hoje proponho fazermos o caminho contrário. o que o trabalho criativo te ensinou que você aplicou em outras áreas da sua vida? eu começo: amar o resultado sem amar o processo é se privar de participar da construção das coisas que mais valem a pena para você. se vale a pena ter, vale a pena conceber. sua vez:
//hb: é a quinta vez que eu venho pra SP esse ano, mas é só a segunda em que dá certo de ir em uma edição da HB. para quem não sabe, foi com essa turma que eu parti para uma aventura no nordeste no ano passado. quase 40 pessoas que eu nunca tinha visto na minha vida... quase 20 dias grudados 24h... quase 20 cidades diferentes... dias intensos de abnegação, calor escaldante e noites viradas (aparentemente mesmo introvertida, sem beber nem fumar, o meu talento é me juntar só com os inimigos do fim.) além de tudo, como profissional de comunicação, a HB é uma das ONGs que eu mais admiro nesse quesito. masterizaram como poucos do setor! essa foto é o meu lembrete pra Sabrina do Futuro. você pode trabalhar, viajar, conquistar e desfrutar, meu amô. Mas a sua vida só se realiza no servir ✨
//ruim: pelo meu direito de criar coisas ruins. como diria silvio rodrigues @_fracasse: a vida não é um portfólio. em algum momento saímos de crianças que desenhavam bonecos de palito tortos sem nenhuma preocupação e o maior orgulho, pra adultos neurados que acham que tudo tem que ser admirável. ou pior, rentável. por aqui, eu prefiro outra frase, dessa vez da minha crush criativa @femingos: "se o seu hobby virar o seu trabalho... arrume outro hobby". hobbies são esse lugar de experimentação, de resultados monstruosos, de não saber direito o que está fazendo e se divertir mesmo assim. sem pressão. pô, me deixa desenhar mal, pintar mal, correr mal, atirar mal, cozinhar mal. pô, me deixa, amô (repito eu mesma para a minha mente que é a pior algoz dos meus hobbies). no fim, é meu direito criativo também. ✨ pelo meu direito de criar coisas ruins COM ORGULHO. ✨
//consistência: "não sempre, mas na maioria das vezes" é o que repito a mim mesma quando o perfeccionismo ameaça tomar conta de mim. consistência, disciplina, criatividade, estratégia... não precisa ser sempre para funcionar. "na maioria das vezes" basta.
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//seguindo: eu não sigo os meus amigos. depois de um ano fora de qualquer rede social, esqueci que nova gente entra na nossa vida e não vem acostumado. anota aí: eu não sigo meus amigos a não ser que eles produzam um conteúdo que me interesse profissionalmente. afinal, esse perfil é 100% de trabalho. e não me leve a mal, eu os venero, você sabe. mas não é por aqui que eu quero descobrir as suas conquistas, as suas viagens, as suas mudanças. é num café com grito e choro. porra, nem que seja num áudio no whatsapp com grito e choro. / parece que a gente esqueceu a diferença entre informação e intimidade. informação é dado - você saber agora que eu não sigo meus amigos é uma informação, por exemplo. intimidade é troca - você ter acesso a mim pra conversar sobre isso, me responder como é pra você e até dizer "isso é tão Sabrina" é intimidade. com as minhas pessoas eu não quero informação, eu quero intimidade. e não quero me condicionar somente à primeira. / tudo bem se você vir as coisas de outro jeito. tudo se tiver outro significado para você. vida criativa é isso, né? dar às coisas o nosso próprio significado. / se mesmo assim doeu no seu coraçãozinho, pode mandar áudio no meu whatsapp chorando e gritando. mas se não temos intimidade pra isso... hmm, então será que importa?
//testemunho: viver em testemunho. apesar de não ser religiosa, eu venho de uma família evangélica e esse é provavelmente um dos conceitos da filosofia cristã que mais guardei no coração. e têm batido forte nos últimos tempos. viver em testemunho é a certeza de que tudo que te acontece é, de alguma maneira, uma forma de Deus/Deusa/Universo (do que você quiser chamar) ensinar algo a outras pessoas também. não é só sobre você. se é positivo, é uma inspiração. se é negativo, é uma lição. viver em testemunho é também um compromisso. é estar comprometida em não guardar as suas bênçãos e aprendizados só pra você. é compartilhar e permitir que aquela experiência seja maior que você. voltar pras redes sociais tem muito disso pra mim. quando eu me encho, pego bode e começo a criar aversão a tudo isso, eu lembro desse conceito. viver em testemunho. não é sobre mim. não é sobre o meu bode ou a minha euforia momentâneos. é maior do que eu. ainda bem.
//cambalhota: eu não sei dar cambalhota. quer dizer, eu não sabia dar cambalhota. sempre achei muito ousado se dobrar assim, a Sabrina criança jurava que ia morrer com o pescoço quebrado (?). ainda lembro a primeira vez em que fiz essa posição na aula de yoga. a professora demonstrou na minha frente e minha primeira reação foi a cara de "nem a pau. não, obrigada". mas durou pouco. logo estava ela ao meu lado, me ensinando passo a passo como enfiar os pés acima da cabeça assim. a sensação de quando consegui... a sensação era uma que eu não sentia há muito tempo... foi uma alegria infantil, sabe? de aprender uma coisa nova que você sempre jurou que não era pra você. boba o suficiente pra não te atrapalhar, grande o suficiente pra te privar da delícia que é dar cambalhota. desde então essa é uma das minhas posições favoritas. a mais aguardada em toda aula de yoga. só pra me lembrar de que, não importa a minha idade, sempre vale a pena aprender coisas bobas. elas são gostosas demais.
//dubai: Dubai, a terra do impossível. Quando eu digo que uma vida criativa vai além da arte, é disso que estou falando. A criatividade é sobre estabelecer visão onde as outras pessoas só enxergam uma terra deserta. É encontrar caminhos para o improvável. Isso pode se concretizar em todas as áreas da nossa vida todos os dias - no nosso trabalho, na nossa casa, nas nossas relações, na nossa aparência, no nosso sexo, nas nossas refeições... Não tem limites. Nem físicos, nem geográficos. E esse conceito pode ser transbordado em cidades inteiras... Em mundos inteiros... Já pensou? Dubai é a prova viva do que acontece quando enxergamos para além do que já existe usando criatividade e estratégia alinhadas com o mais puro ouro (e fogo no rabo!). A terra do impossível, a chamam. Por hoje, a minha terra criatégica. Por todos os lados. ✨
//ambição: eu nunca tive interesse em metas pequenas. mesmo as microrresoluções sempre vieram de uma visão maior. se ia fazer cinema, que fosse na melhor faculdade da américa latina com todas as minhas referências brasileiras me dando aula. se ia começar a trabalhar com escrita, que fosse para cobrar 2x que qualquer profissional da minha área trabalhando 4x menos. se fosse sair da casa dos meus pais, que fosse para morar no apartamento dos meus sonhos com a melhor vista da cidade. parece um mar de rosas, mas haja fogo no rabo e capacidade criatégica pra trazer à realidade tudo o que coloquei na minha cabeça. por vezes fui impaciente, imatura e coloquei os pés pelas mãos. levei tempo para ter uma relação saudável minha ambição e audácia - você sabe, uma que não me desse um burnout aos 21 anos de idade (como deu). ainda assim, eu não as trocaria por nada. pode culpar o tanto de áries no meu mapa astral, o tdah, o raio que o parta. a verdade é que a vida que eu pedi a deus (aquela mesma que dá um trabalho haha) só foi e está sendo construída graças a esse (d)efeito de fábrica. "quem vem de onde eu vim não se contenta com pouco". ou como diria sia, "eu sou livre para ser a maior - eu estou viva".
//cérebro: eu conheço o seu cérebro melhor do que você. não me leve a mal, é o meu trabalho. eu sou obrigada a saber coisas que nem você mesma sabe sobre si. como o que essa cor da foto, com essa pose, com esse objeto de fundo desperta em você. para além do óbvio que você consegue descrever. eu sou obrigada a saber o que cada elemento representou ao longo desses milhares, milhões dê anos que estamos nesse planeta e como essa informação veio no seu DNA (pode chegar, inconsciente coletivo). por exemplo, você sabia que por conta da vida na natureza a cor verde é aquela para a qual temos o maior número de palavras, além de reconhecer as diferenças mínimas de tom com mais facilidade? você sabia que as unhas pontudas aumentam a sua atenção por causa dos animais ameaçadores com essa características (é só jogar "glutão" no Google pra concordar)? você sabia que esse tipo de gesso, muito usado nas construções gregas e por causa delas, traz mais memórias de sabedoria e inteligência que o próprio mármore e a madeira, por exemplo? você talvez não saiba. eu não posso me dar ao luxo de não saber. e é isso que eu mais amo nesse trabalho - eu sou paga para aprender e quanto mais eu aprendo, mais dinheiro eu faço. tem muita intuição na minha área sim, mas sem estratégia e racionalidade, perdemos a nossa maior arma criativa. ser criatégica não é só deixar o nosso coração nos guiar enquanto criamos. é consultar o cérebro (o nosso e dos outros) para guiar melhor o nosso próprio coração. o primeiro eu até posso conhecer mais do que você, deusa. mas o segundo... o segundo, deusa... é tão seu que ninguém pode hackear. ainda bem que é de graça usar os dois.
//photodump: os momentos em que eu soube que estou vivendo a vida dos sonhos da Sabrina do passado.
//comparação: "como não me comparar contigo?" a X me perguntou essa semana por DM. ao arrastar pro lado você vê a resposta que resume tudo o que eu penso sobre comparação - das pessoas comigo e de euzinha com outras pessoas (porque também sou gente). quando você tiver 4 anos nesse mercado em tempo integral, 8 diplomas (2 em andamento) e 1 burnout na conta a gente conversa. mas sem filhos, sem casamento, sem gente de quem cuidar e todas as facilidades que isso oferece. até lá, faz teus corres, deusa. como dizia minha mãe pra Sabrina criança distraída: "ficar andando com a cara pra cima só te ajuda a tropeçar". olhe para o lugar certo. o único que só você conhece: o chão em que tu pisa.
//operacional: há algumas semanas um amigo meu estava surtando no nosso whatsapp. essa coisa linda confessou pra mim que se sentia sobrecarregado porque tinha dúvidas sobre o seu estudo, se era o suficiente, quando saberia que aprendeu etc. a primeira coisa que eu captei desse desabafo: será que eu sou tão cdf que as pessoas pensam em mim primeiro quando estão chorando em cima dos livros? haha. a segunda coisa, aquela que eu respondi a ele foi: ISSO NÃO IMPORTA. ou em bom inglichi: IT IS BULLSHIT RIGHT NOW. a tarefa dele naquele momento era terminar aquela sessão de uma hora de estudos, como e fazendo o quê não importava de fato. depois, quando terminasse, ele podia ter uma crise existencial, repensar, mudar os planos. naquele momento? a missão era clara. seu único papel ali era operacional - não era estratégico nem tático. o seu eu do passado criou esse plano e o seu eu do presente deveria segui-lo. / o que isso tem a ver com você, deusa? você precisa se acostumar a seguir os direcionamentos do seu eu do passado. aquele mesmo, mais relaxado e visionário, que bolou a coisa toda. enquanto realizamos as tarefas, a nossa autossabotagem entra em ação - ficamos entediadas, questionamos tudo, a preguiça bate. meu conselho? deixa pra redefinir o plano quando terminar aquela tarefa. se precisar mesmo, depois senta um minutinho com seu eu estratégico e aí sim bota ela pra repensar as decisões e mudar a rota. ninguém sensato discute a hora de acordar quando o despertador tá tocando - se discutir, o botão de soneca vence, a gente já conhece essa história. levanta. acorda. toma um solzin. no fim do dia, pode agradecer a cdf aqui.
//arquétipo você não é um arquétipo, deusa. você não é um signo. você também não é um temperamento, mulher. enquanto tu não aprender que essas coisas são apenas símbolos de partes suas, todos os seus estudos vão te levar a uma única coisa: uma prisão. / quer um exemplo? eu tenho o arquétipo da amante na minha tríplice de marca pessoal. sou uma amante esteta - ou seja, apreciadora da beleza. reconhecer isso através da @deaburity (a primeira, única e maior referência brasileira no assunto) me permitiu despertar isso ao meu redor. é a primeira coisa que eu saboto quando tô mal, inclusive - me puno enfeiando a minha vida. então ter esse conhecimento me permitiu masterizar e transmitir melhor esse lado meu. vê? eu não precisei me transformar num estereótipo. se você tá nesse processo de acabamento na marca pessoal, dê espaço para que o estudo revele você - e não o contrário. no final das contas, o arquétipo "deusa criatégica rainha visionária rica grande gostosa gênia master das piadas e trocadilhos ruins" ainda não existe. e só ele mesmo pra te descrever com precisão.
//terapia: lembrete master: 🔥 faça terapia pra manter o fogo no rabo em dia 🔥
//cigana: meus pais sempre me zoam me chamando de cigana. dizem que nunca sabem onde eu vou estar na próxima semana, quando vai me bater um fogo no rabo e eu vou avisar que comprei passagem pro outro lado do mundo, saio daqui 3 dias e eu não sei quando (e se) volto. já achei isso ruim, sabe, deusa? já passei madrugada em claro me questionando se eu era imprevisível demais, impulsiva demais, (qualquer coisa) demais. hoje não perco um minuto de sono por causa disso. aprendi a abraçar o meu fogo no rabo - e controlá-lo de vez em quando, se necessário. como diria @akapoeta: "quem quiser viver com fogo que se acostume com o calor". antes de exigir isso dos que me rodeiam, precisei eu mesma me acostumar com o meu. e tu, deusa? já virou melhor amiga do teu?
//aulas experimentais: rolinho de câmera das últimas aulas que eu fiz pra você não se assustar quando eu virar uma master do pole dance. ou do tiro esportivo. ou da cerâmica fria. não decidi ainda.
//mda: como é passar 2022 inteiro no maior programa de aceleração de carreiras e negócios femininos do brasil? como é se encontrar com deusas suficientes pra encher um olimpo criatégico todin? como é passar um fim de semana só ouvindo a master Camila Vidal falar diretamente com você, de dentro da @movinggirls? para quem me pergunta eu só tenho uma resposta: é exatamente como eu visualizei. o fogo no rabo te leva a lugares IMAGINÁVEIS, deusa. e acredite - essa é a parte mais criativa (e divertida!) de todas.
//afropunk: mais um dia difícil pra quem acha que não dá pra ser inteligente e gostosa ao mesmo tempo, nem tacar um vermelho em toda ocasião. / saudade de passar um calor na bahia, né, mia filha?! 🔥
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//the power principle: rolinho das capas de revista que alugaram um triplex na minha cabeça nos últimos meses. qual a tua favorita?
//idiomas: 5 coisas que ser poliglota me ensinou sobre criatividade: — o objetivo é mais importante que o meio (planejar o processo é estratégico, mas se o seu jeito estranho de fazer as coisas funciona, não se apegue tanto ao processo. seguindo seus princípios e te ajudando a cumprir a meta, é mais do que suficiente) / — existem várias formas de se conseguir a mesma coisa, o seu objetivo define a sua (não adianta só ler mil livros se o que você quer mesmo é tricotar nas ruas de um país estrangeiro, nem viver de seriado se o seu foco é o mestrado. da mesma forma, o que você quer para sua carreira define o que é levado a sério e o que é hobby) / — se divertir no processo não é perda de tempo, na verdade te faz ir mais rápido (ativa a memória, favorece o estado de flow e relaxa o corpinho, incluindo o cérebro, para funcionar a todo vapor. se divertir não é opção. é estratégia) / — consistência não é sobre fazer sempre, mas sim na maioria das vezes (nenhum dos idiomas que aprendi eu estudei todo santo dia. já furei sim. o importante é que na maioria das vezes eu estava lá por mim. no trabalho é a mesma coisa) / — ninguém se importa tanto quanto você (do mesmo jeito que 99% dos gringos não tá nem aí pros seus errinhos enquanto conversam, 99% das pessoas nem percebem aqueles deslizes na sua produção que tiram o seu sono à noite. aquieta o facho) / (pai, afasta de mim a vontade de aprender mais uma língua agora, amém.)
//incerteza: às vezes a melhor coisa que você pode fazer pela sua vida é tomar uma decisão que não te permita ver o próximo passo. é abrir espaço no seu coração para que deus/deusa/universo (o que você quiser chamar) plante novos sonhos ali. é se esvaziar para ser enchida. é assustador. dá vontade de tentar controlar as coisas. mas pense bem: sendo a vida sempre mais criativa do que a gente, não seria mais sábio se render?
//comida: eu poderia falar sobre como a comida é um lugar criativo também. sobre todos os hobbies culinários que você pode desenvolver. sobre usar as refeições, das mais simples às mais sofisticadas, para brincar com os ingredientes, explorar e aumentar seu repertório. / eu poderia, mas não vou. / o post do dia é só pra te lembrar de tomar vergonha na cara e comer uma fruta. beber uma água. parar de pular refeição porque se distraiu com o trabalho. / o cérebro, casa da criatividade, não sobrevive de vento. é só presenteá-lo com o que ele precisa pra desempenhar as suas atividades que você vai experimentar uma vida criativa como poucas vezes viveu antes. fluida, fácil, em flow. / vai, minha filha, que nem só de hobby sobrevive a mulher criativa.
//casa: como tá o teu quarto, sabrina do futuro? esse post é só para te lembrar que não adianta nada arrumar o home office, trocar o papel de parede do seu celular por um vision board ou fazer uma maquiagem linda na fuça se o primeiro e último ambiente que tu vê todo dia é estéril. a primeira vida a ser transformada pela criatividade tem que ser a sua, meu amô.
//corinthians/seleção: pq sofrer por um homem, se eu posso sofrer por 11.
//sutiã: "fique firme enquanto dói / faça flores com a dor / você me ajudou / a fazer flores com a minha / então floresça de um jeito lindo / perigoso / escandaloso / floresça suave / do jeito que você preferir / apenas floresça / - para quem me lê" - rupi kaur, outros jeitos de usar a boca.
//branco: pra não dizerem que eu só uso vermelho e preto.
//selfdates: (foto de rosas) que eu sou introvertida não é segredo pra ninguém, deusa. e que introversão e timidez não são a mesma coisa, eu espero que também não seja. pensa comigo: a grande vantagem de ser introvertida & criativa é que a gente sempre encontra novas maneiras de desfrutar da própria companhia. date do dinheiro, self-date, desafio #boostcriativo... o rolinho de câmera de hoje é pra celebrar as bênçãos que a criatividade derrama sobre a nossa própria vida. nem tudo precisa ser fruto no trabalho, deusa. ainda bem.
//tranças: o dia em que fiz minhas tranças pela primeira vez foi também o dia em que eu mais me senti eu em toda minha vida. eram muitos símbolos para processar. o cabelo longo que eu sempre amei, o processo ancestral que permeava cada segundo do processo, a cor escolhida dentro da minha coloração pessoal. tinha MUITA estratégia, poder e história misturada numa cabeça. a minha cabeça. dali em diante, me ver no espelho toda manhã era uma espécie de lembrete. a mulher que eu sempre fui saiu para fora. e desde então ela tem conquistado coisa pra caralho. então esse é meu lembrete para você, deusa: se permita sair. deixe que a mulher que você se tornou tome conta também do seu corpo. seja a personificação da criatividade que existe dentro de você, do seu jeito. eu nunca me senti tão criatégica antes daquele dia. quem sabe o seu já não chegou também?
//atemporal: no dia que você entender que a base de quase tudo é atemporal, você para de correr atrás de vento. o tanto de gente no nosso meio que eu conheço que, se a rede social acabar, não sabe vender nem uma água na rua... É assustador. isso porque entendem fórmulas disso e daquilo, mas não entendem o porquê de funcionarem. a nível mais profundo. e, portanto, não sabem aplicar os princípios fora da checklist do algoritmo. como diz a deusa master @talithaschmidt: mais importante que a fórmula é saber o que está por trás da fórmula. se tudo o que você estuda tem como base os últimos 30 anos, tá estudando raso sim. — E antes que surte com WEB3, sinto te informar: o motivo de nfts, metaverso e VR se popularizarem hoje você encontra olhando para 10 mil anos atrás. já experimentou começar por lá?
//amiga: quando você encontra alguém com a mesma paleta de cores que a sua...
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//2022: um rolinho de câmera pra lembrar a mim mesma: 2022 tá acabando, mas eu tô só começando. 🔥
//masterpiece tattoo: ...and you know how I feel.
//improviso: eu não virei redatora em tempo integral porque eu planejei - foi o puro desespero de estar vivendo o pior ano da minha vida, no vermelho e sem ideia melhor que me fez "ver no que dá por enquanto". eu não peguei o meu primeiro trabalho internacional porque eu planejei - a indicação de um amigo veio e eu não tive tempo de preparar nada de antemão, mas a chan$é era boa demais pra deixar passar. olha, deusa, eu poderia te contar outras dezenas de histórias parecidas. todas as melhores coisas da minha carreira vieram sem aviso. eu literalmente troquei o pneu enquanto dirigia um carro em movimento e sem freio. é claro que eu sempre me fiz pronta (anos de escrita, anos de estudo de inglês, anos aprimorando meus processos) para quando a oportunidade surgir eu não agarrar - eu caber nela feito chave na fechadura. se faça pronta, deusa, mas tenha coragem e esteja atenta. a vida é sempre {sempre, sempre} mais criativa do que a gente, no trabalho e fora dele. ainda bem.
//visão: eu nem sempre tive metas, mas eu sempre tive uma visão cristalina do estilo de vida que queria pra mim. (aliás acabei de lembrar que com 14 anos de idade eu tinha um blog que chamava "a mulher que eu quero ser" hahaha.) eu sempre quis trabalhar criando algo incrível, podendo estudar o que eu quisesse, falando vários idiomas, tendo vários hobbies improváveis e sendo linda para um caraleo. é lógico que a lista é mais detalhada, eu amo o scripting e tá pra nascer vision board mais detalhado do que o meu. mas o resumo é uma frase que eu já postei aqui: "não tem nada que eu deseje pra mim mais do que ser uma mulher viajada, estudada, poliglota, bem-relacionada, curada, rica pra caralho, cheia de fogo no rabo e cercada pelas minhas pessoas. qualquer coisa fora dessa lista é sobremesa." / o post de hoje é só pra te lembrar, deusa, que o mais importante de uma vida criativa é viver essa tal vida criativa. no dia a dia. nas pequenas e nas grandes coisas. no fundo, você sonha com o estilo de vida mais do que com os números e as metas riscadas. pois então viva, deusa. que a vida é sempre {sempre, sempre} mais criativa do que a gente, mas também é finita. e você sabe o que eu penso disso: um baita AINDA BEM.
//espelho: sabe como uma pessoa bem-sucedida se parece? você! sabe como uma mulher muito criativa se parece? você! sabe como uma deusa estratégica master se parece? você! você é exatamente como qualquer qualidade que você vê em mim. (inclusive todo esse fogo no rabo haha 🔥)
//selflove: sim, skincare, afirmações positivas e vision boards são amor próprio. mas você sabe o que mais é amor próprio? se intimar a cumprir um prazo, varrer o chão do seu quarto que tá imundo e dizer às vozes na sua mente para calar a boca quando você está inventando historinhas para não fazer o que disse a si mesma que faria. não confunda amor próprio com condescendência, meu amô. a gente é criativa demais - infelizmente até pra se enganar.
//lembrete: sabrina do futuro, como uma pessoa com um imenso fogo no rabo eu tenho que te dizer uma coisa: se sinta confortável estando entediada. às vezes você fica tão agoniada com a estabilidade das coisas que cria caos sem necessidade. se sentir ansiosa, instável, perdida é melhor do que se sentir entediada, mesmo sabendo que você está fazendo o que precisa ser feito? duvido muito. nem todo tédio é sinal de que tem alguma coisa errada. Pra quem só tá acostumada com guerra, toda paz é uma ameaça. Se acostume com a sua, amô.
//estereótipo: não, ter uma carreira na indústria criativa não me obriga a ter paredes coloridas néon color block na minha casa (nunca pintei nenhuma das 5 casas em que morei sozinha por preguiça de ter que repintar ao me mudar, pra tu ter uma noção). nem saber pintar, desenhar ou esculpir (tá aí uma lista dos meus três maiores desastres). muito menos a ter mil ideias por dia (isso eu faço sem obrigação mesmo). a questão é: quem você achou que precisava se tornar pra viver a carreira dos seus sonhos? e como se aprisionar nisso tem justamente te impedido de vivê-la? você é muito mais do que um estereótipo de criatividade, deusa. você é criatégica, como eu e muitas outras. já passou da hora de usar isso ao seu favor.
//restaurantes: um rolinho de câmera para lembrar do melhor motivo pra viver em sp - a sua boca viaja mesmo que os seus pés não possam.
//pós: 2 especializações ao mesmo tempo, nas 2 maiores instituições de ensino desse Brasil. O que pra muita gente é loucura, pra mim, graças ao "defeito" do meu cérebro é perfeitamente possível - mais do que isso, é o melhor caminho. E isso tem tudo a ver contigo, deusa, pera que você vai entender. Eu acabei de me dar conta de um fato curioso: USP e PUC foram as únicas duas faculdades nas quais eu de fato me matriculei. A PUC era minha segunda opção na época do vestibular. Se não tivesse passado na USP, ia sofrer lá a minha famosa crise cinematográfica em 2016. Louco pensar que eu estou aqui, 7 anos depois, me especializando em uma área que eu sequer considerava na época. E pagando à vista, graças ao trabalho nessa tal área improvável, os estudos que definirão os próximos 2 anos acadêmicos da minha vida. Para você, minha deusa, eu espero lembrar duas coisas com essa história: — O melhor jeito de estudar e conquistar as coisas é aquele que funciona pra você. Na vida adulta, não tem prova final nem professor carrasco decidindo como ou o quê você tem que aprender para "dar certo". Não os imponha a você mesma. — A vida criativa nem sempre é divertida. Olha o roteiro que ela escreveu pra mim - os locais da maior vergonha da minha vida adulta, onde eu mais me senti inapropriada e pequena, viraram o motivo de brinde (com suco de manga!), comemoração com os amigos e post feliz sobre a conquista no Instagram. O processo foi divertido? Não. Mas viver uma vida de "é isso ou algo melhor" tem dessas. Taí mais um caso de algo melhor. Agora eu vejo... Ainda bem.
//jordan: se você olha pra esse tênis e vê só um tênis é porque perdeu os meus stories de ontem. minha nova obsessão com michael jordan, a história do "be like Mike" e o processinho que eu deveria meter na dona @netflix estão salvos nos destaques agora. Pega a pipoca e clica em "The Last Dance", deusa. Uma aulona de branding de dar orgulho na minha pós, mas não na minha fatura do cartão. 🙃
//passaporte no aero: bora lá lembrar do quanto eu sou pequena num mundo tão grande (ainda bem).
//demora: você já ficou tempo demais num lugar do qual devia partir? você já passou tempo depois com uma pessoa que não te nutria mais? você já se demorou num projeto, trabalho, sonho já morto que você não tinha coragem nem força de enterrar? muito dos meus últimos meses são resumidos nessas perguntas, deusa. não só posso responder que "sim", como são múltiplos sins - batendo cabeça, repeti, repeti e repeti a mesma resposta. como diria clarissa pikola estés no insubstituível "mulheres que correm com os lobos", fui uma mulher confinada na demorada excessiva. e o que aprendi sobre criatividade nesse processo e que pode ser útil pra você, meu amô? a gente fala tanto sobre como masterizar a criatividade, como ceifar bloqueios criativos, como criar mais... a gente é bitolada no nascimento das coisas, né. mas às vezes (e só às vezes) criatividade é sobre morte, silêncio e vazio. é sobre fechar portas, ficar em casa, jogar cadernos fora, silenciar contatos e não fazer mais nada. nenhuma certeza. nenhum projeto de 42 passos de como ter um glow up daqueles daqui em diante. parece pouco glamouroso, né? mas a criatividade, tal qual a natureza e as mulheres, é cíclica. quando exigida demais numa estação ou represada de mais em outra, ela sempre se esvazia ou se enche pra então encontrar o equilíbrio. ela não se rende às expectativas da gente. e por mais que tu me veja criando coisas novas, se você pudesse ver o processo do lado de dentro como eu vejo, veria como tudo está lento, silencioso e... vazio? nunca tive tanta paciência comigo mesma. taí outra bunitinha cíclica - a tal da paciência. descobri recentemente que ela e a criatividade são boas amigas (eu jurei o contrário a vida toda). quem estava em guerra era eu. será que tu não tá se demorando nas tuas também?
//nutrição: se nutra como mulher antes de se nutrir como profissional. se nutra como mulher antes de se nutrir como líder. se nutra como mulher antes de se nutrir como parceira (de quem quer que seja, no que quer que seja). se nutra como mulher antes, durante e depois. que tudo o que tu fizer, minha deusa, vai vir de um lugar de nutrição também. tua e das tuas coisas. tua e das tuas pessoas. tua e da tua eu do futuro. que a gente nasceu com o presente e o fardo de se começar e se terminar no ser mulher, veja. antes, durante e depois.
//fracasse: eu me sinto ridícula. e não é pouco. é fato que existem coisas na minha vida que eu faço, ó, me sentindo a última manguinha da barraca de suco. em geral, tudo que envolva trabalhos mentais. eu devo perder uns 100 pontos no quesito modéstia, mas é verdade: minha inteligência, minha criatividade e meu bom português estão aí no top 3 coisas que nunca abalarão minha autoestima porque tenho demais. agora me bota pra fazer qualquer coisa manual pra tu ver. me bota pra pintar uma parede, fazer um bolo, dançar dois-pra-lá dois-pra-cá, andar de bicicleta ou pintar as unhas dos pés pra você ver o festival de fracassos. por muito tempo eu fui me privando sem perceber de qualquer hobby manual porque, adivinha, eu me sentia ridícula. pode culpar o meu signo, essência arquetípica, numerologia, inconsciente coletivo, sei lá. mas ser muito controladora e fazer coisas que não dá pra controlar (também conhecido como tudo fora da sua mente) pode ser bem desafiador. esse ano, conforme vou desbravando mais ainda a vida criativa (do teu ladin, deusa, obrigada) criei um novo conceito pra mim. batizei de "fracasse com entusiasmo". tá criando uma escultura pela primeira vez e o resultado parece um cupinzeiro? fracasse com entusiasmo! tentou subir na bicicleta e levou um róla na frente de todo mundo (meu pior pesadelo)? fracasse com entusiasmo! o bolo virou uma massaroca tostadinha? fracasse (e coma) com entusiasmo! / "fracasse com entusiasmo" virou o meu mantra. significa fazer algo e me divertir no processo mesmo que eu tenha certeza que o resultado não vai me render um adesivo de estrelinha dourada nem um parabéns. porque em geral é isso que acontece - não fica uma maravilha nem uma bosta (até hoje não caí da bicicleta pelo menos). se você tá procurando se dar permissão pra fazer algo que te faça sentir ridícula sem apego ao resultado, pode se apropriar do meu mantra sem culpa, deusa. "fracasse com estusiasmo" é um sucesso!
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//família: a linguagem de amor da minha família é perturbação, piadinha e implicância. nosso bordão é "nossa, como eu adoro encher o saco", gostoso demais, pra você ter uma noção. a gente não se abraça tanto nem tem as breguices da família-comercial-de-margarina. minha mãe detesta assistir televisão e meu pai acha filmes um saco (o fato de eu ter entrado na faculdade de Audiovisual foi alguma piadinha do universo, certeza 😂). eu precisei de mais de duas décadas pra crescer e começar a ver os meus pais como pessoas - com frustrações, interesses e aspirações individuais (ainda é difícil vê-los além do que sempre conhecemos, né, como se tivessem sido a vida inteiro só "pai" e "mãe"). começar a perceber nas entrelinhas que eles também encontraram um jeitin de nutrir a vida criativa deles. os livros que meu pai gosta de ler, a redecorada que mãe dá na casa de tempos em tempos, os cochilinhos no meio da tarde sempre que podem pra refrescar a cabeça. esses são trechos da vida criativa deles. eles nunca vão ler esse texto aqui porque o instagram não faz parte do repertório de nenhum dos dois. e que bom, viu. que bom que as pessoas ao nosso redor têm repertórios diferentes, formatos/ferramentas diferentes, hobbies diferentes. mesmo que a gente não perceba. mesmo que a gente ache que vida criativa é só a nossa e não tenha sensibilidade pra entender que todo mundo, de um jeito ou de outro, sabendo disso ou não, tem a sua. é por isso que da próxima vez que a senhorita vier me perguntar "como ser criativa" eu vou lhe descer uma piadinha na fuça e achar que tá implicando comigo, só pode. eu já te falei: a importunação tá no meu sangue. e, nossa, como é bom encher o saco, deusa. o deles, o meu e o teu. bem-vinda à família.
//adrenalinas: um rolinho de câmera do tal friozin na barriga. nunca tinha reparado como ele vinha acompanhado do quentin no coração.
//rolinho sp: vou chamar esse rolinho de câmera de "paulista culture" só porque fui na feira do ponte alta comer um pastel hoje e um cara do meu lado soltou um "mano do céu, esse jhow tá metendo o louco". (ideias: pastel com caldo de cana, trânsito, padoca, metrô/cartão bom, dogão do maia, lambe lambe)
//equilíbrio: eu durmo muito mal, mas sempre bebi água que nem um camelo. eu não escrevo uma lista de tarefas pro dia há mil anos, mas as minhas checklists de rotinas são sagradas. eu não saio de casa tem uns três dias, mas tô servindo numa ong nova esse mês. esse post é um lembrete de que perfeição não é requisito pra equilíbrio. ninguém é 100% de algo o tempo todo (pro bem ou pro mal, negativo ou positivo). e da última vez que eu chequei - minha cabeça tem um senso de humor apurado e guarda todas as melhores ideias pra quando eu deito pra dormir. a sua também?
//corpo você percebe o seu corpin, mulher? olha, eu sou o ser humano mais psicossomático que você vai conhecer na vida - dá pra encher uma cartela de bingo só com as reações, sintomas e doenças aleatórias que eu já tive por questões emocionais. mesmo assim, hoje eu não vim falar de escutar o corpo quando ele tá gritando. vou te perguntar de novo, minha deusa: você percebe o seu corpin? como ele reage quando você tem uma ideia nova, quando tá toda bobona colocando os planos no papel, quando tá pensativa encarando o nada bolando mil planos pra colocar isso no mundo. como ele reage quando você mostra sua criação pela primeira vez a alguém, quando recebe um feedback positivo, quando outra pessoa se empolga genuinamente com algo que até então só existe na sua cabeça (nem foi executado ainda). quando você se prende em um livro novo quando uma frase de um curso explode o seu cabeção, quando aquele conceito que você tá tentando entender pela milésima vez finalmente se encaixa e agora tudo faz sentido. o corpo reage o tempo todo. mesmo quando a gente tá caladinha, ele fala como quem estava tomando um café com a dona intuição ainda agora e ouviu uma notícia quentinha em primeira mão. se você prestar bem atenção, vai notar esses momentos se expandindo na sua vida, meu amô. é que o corpo, tal qual a criatividade, ama um aplauso, um palco, uma atenção. e se você se perceber direitin, ele vai te dar tudo isso multiplicado. no fim das contas, o corpo nunca foi nosso crítico ou limitador na vida criativa. na verdade, sem ele não tem nada do que a gente tanto ama nela. nem aplauso, nem palco, nem atenção. nem vida criativa. perceba.
//pronta: o que ninguém te contou sobre não estar pronta. eu sei que muito se espalharam por aí as frases "se der medo, vai com medo" e "você nunca vai sentir 100% pronta". eu não discordo delas, nem poderia - elas são sobretudo sobre coragem e essa foi a primeira palavra que eu quis anos atrás tatuar na minha pele (tatuei este ano). mas tem um jeito de estar pronta que é subestimado. existe uma diferença entre estar pronta e se sentir pronta que entendemos errado. realmente você nunca vai estar pronta: se estiver, é porque excedeu o nível que aquele desafio exige se preparando mais tempo do que deveria e, portanto, postergando a sua conquista. agora se sentir pronta você pode e deve. se sentir pronta é confiar na sua coragem, é se sentir confortável com ela, é acomodar o desconforto como algo normal no seu sistema nervoso (deusas da saúde sintam-se bem-vindas pra explicar a biologia disso). e como a gente faz pra se sentir pronta? não é lendo legenda no instagram, desculpa. é fazendo uma única pequena coisa que exija coragem, que nos permita despertar essa loucura de sensações que tenta nos parar e continuar mesmo assim. primeiro, na atividade de menor gatilho possível. você sabe, uma coisa boba, mas que te desafia (se você me acompanha, vai lembrar da cambalhota). e depois uma coisa maiorzinha. e uma maiorzinha ainda então. se aproveitando do efeito cumulativo, sabendo que psicologicamente cada atividade desde a primeira está te impulsionando para a seguinte. até encarar as que hoje parecem impossíveis - agora forte, com normalidade e mais confortável. no final das contas você vai perceber que nunca {nunca, nunca} quis estar pronta, minha deusa. você só queria se sentir pronta. e agora você pode. coractium.
//conquistas: comemorando o meu maior contrato internacional da vida (até agora!)... comemorando a compra da viagem que eu mais sonhei fazer esse ano (não um lugar, mas uma pessoa)... comemorando o diagnóstico que mudou a minha vida (e finalmente me ajudou a entender não o que eu tenho, mas o que eu sou)... sinceramente, esse rolin é pra confirmar que eu não sei se eu tô vivendo ou só arranjando desculpa pra ir na padoca todo dia comer bolin "de comemoração" (é o terceiro da semana, mas quem tá contando). seja o que for, já dizia minha tatuagem e @paulamendescampos: A VIDA SÓ MELHORA.
//inglês: eu ainda tremo igual vara verde pra fazer reunião em inglês. eu odeio reuniões com todas as minhas forças? sim, mas o culpado no caso é o inglês mesmo. não tem diploma, certificação, experiência que me deixe 100% tranquila na hora de desenrolar o bixin na frente de clientes e colegas de trabalho lá de fora. um dia eu acredito de verdade que vou superar isso, mas hoje não é o dia. e não, não tem dica nem papo filosófico nesse post. é só um registro de que o processo não é glamouroso e a nossa vida não se resolve depois dos nossos sonhos se tornarem reais. em geral, é aí que a gente descobre novos desafios. mas eu tô feliz - se eu tô tremendo nas reuniões em inglês é porque pelo menos tem reuniões em inglês, né? 🤷🏽♀️ (nos comentários: acho que eu engatei um papo filosófico no final, desculpa)
//rotina: um rolin de câmera pra registrar como são os dias mais normais por aqui, deusa, e que eu sou a maria rotina mais caótica que tem. já tomou água hoje, meu pedacin de Clio?
//personalidades: vai soar muito rude o que eu tô prestes a dizer, mas é verdade: VOCÊ NÃO ME CONHECE. não importa se a gente se encontra há uma década ou se você só me seguiu aqui tem poucos dias. você não me conhece por completo. se sentar a minha mãe, a minha melhor amiga e o meu último cliente numa mesa, cada um vai listar uma versão diferente de mim. às vezes um detalhe, às vezes uma personalidade inteira. eu sou viciada em descobrir quantas sabrinas AUTÊNTICAS existem dentro de mim. e é por isso que eu também sou viciada em viajar sozinha. existe algo poderoso em estar em um lugar totalmente novo com pessoas que nunca te viram na vida... você começa a se questionar se certos hábitos, preferências e vontades são mesmo você. ou se são só quem você se acostumou a ser, quem se acostumaram a ver como você. numa viagem solita não tem ninguém para dizer "isso é tão sabrina" ou "não vou nem perguntar porque sei que não combina com você". a todo momento te são apresentadas possibilidades. você se torna imprevisível. eu sempre repito que a criatividade é a arte de tornar o caos bonito. este post é só um lembrete de que mais do que criativa, eu sou caos. e isso me faz bonita pra cacete.
//patética: você é ridícula. você é burra. você é patética. esses NÃO são os pensamentos de quando tentamos uma coisa nova. quer dizer, nem sempre. se você pensar bem, deusa, vai concordar comigo. tu consegue lembrar de um punhado de coisa que tentou pela primeira vez e só te deram um friozin leve na barriga? no máximo foram como tirar as rodinhas da bike pela primeira vez. para mim, é criar um blog, entrar num avião para um lugar novo ou pedir suquin de manga numa lanchonete desconhecida e duvidosa. é normal, mas é familiar, sabe? por outro lado, tem um punhado de coisas que não é tão gostoso assim, né? outro punhado que parece mais com subir na bicicleta sem rodinha já na primeira aula, descer a ladeira sem saber onde diacho é o freio e acabar com dois dentes a menos estatelada no chão (história verídica do meu irmão). para mim, é ser fotografada, liderar uma reunião em inglês ou cozinhar qualquer coisa pra outras pessoas (desculpa se você já foi uma delas). / eu poderia muito bem aproveitar o ganho e compartilhar uma listinha de dicas para escolher as "rodinhas criativas" certas, saber quando tirar as benditas ou mesmo onde ficam os freios. mas o meu lembrete pra você e pra Sabrina do Futuro hoje é outro: cuidado para não se enganar, meu amô. cuidado para não passar a vida inteira esperando os correios entregarem as suas rodinhas pra só então subir na bike. cuidado pra não se apegar demais aos dentes. às vezes o friozin na barriga não é o suficiente - pelo contrário, é só um disfarce pra gente fingir que tá se aventurando. a gente é criativa demais até nas (auto)mentiras. tenta cair da bike hoje, minha deusa. tem dia que a gente precisa demais ouvir essa voz dizendo que a gente é ridícula, burra ou patética... só pra lembrar o quanto a gente nao é. do contrário a gente esquece
//últimos hobbies: um rolin de câmera com os últimos hobbies que eu d̶e̶s̶t̶r̶u̶í̶ experimentei. pra me lembrar que como diria @_fracassei: fracassar é gostoso demais.
//cafés: sim, a única coisa melhor do que um café da manhã é... dois cafés da manhã. 🙃
//manga: é, eu amo suco de manga. a consistência cremosinha, o amarelo vivo, aquele cheiro doce que... olha, só de escrever já tá me fazendo salivar. mas eu detesto que misturem suco de manga com qualquer outro. com o de maracujá então é crime hediondo - pra mim tem gosto de água de vaso sanitário e nada nem ninguém me convence do contrário (eu nunca tomei água de vaso sanitário, deusa, mas aposto um braço que é pau a pau). e por que isso importa pra vida criativa? bom, na minha, esse é um lembrete de que nem sempre a gente tem que forçar ser ultramegablaster criativa e sair misturando tudo por aí por medo do básico ser insuficiente. se bem-feito, deusa, ele é capaz de fazer as pessoas ficarem cheias de água na boca pelas nossas criações. nem tudo precisa de aperfeiçoamento, mulher. certos conteúdos e sucos, momentos e ideias já nascem perfeitos, prontinhos pra gente degustar. agora levanta e vai lá bater os seus. não precisa incrementar demais. mas com ou sem gelo, você decide.
//natal: hoje ouvi que essa é a época do ano em que todo mundo se fantasia de sabrina. será que eu uso vermelho demais nos outros 364 dias do ano? hahaha o que importa é que meu feriado favorito chegou e, além de stories de farofa e episódio temático do não inviabilize, é um ótimo momento pra trocar uma ideia sobre o significado dos feriados, criatividade e como o papai noel vai ser o seu próximo cliente (confia). se você chegou atrasada, tá tudo nos destaques. assiste, pensa, depois larga o celular e vai aproveitar a sua folga, cabeçuda. de preferência, fantasiada de sabrina. ♥️
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//virada: 2022 foi o ano em que eu descobri que, a não ser que eu decida que o fundo do poço é o fundo, sempre dá pra cavar mais um pouquinho. e que, a não ser que eu decida que aquele é mesmo o teto, sempre dá pra subir ainda mais (de preferência de avião e na janelinha). no meio, um rolinho de câmera pra celebrar o que aconteceu entre um extremo e outro. obrigada a você que lê por ter me lembrado que a internet ainda pode ser um bom lugar pra se (vi)ver e (re)tornar. amo sua vida. que em 2023 a sua eu do futuro descanse na certeza de que a vida é sempre {sempre, sempre} mais criativa do que a gente. AINDA BEM. te vejo ano que vem, deusa?
//vermelho e preto: sim, eu meio que uso sempre as mesmas cores. quando se trata das nossas coisas favoritas, não precisa ficar inventando muito pra se provar criativa. quem diria, né: pra isso, estar viva basta. 🙃 (mas a próxima pessoa que me chamar de flamenguista, olha, não respondo por mim 😤)
//fogos: a gente é viciada no começo das coisas e nos finais delas. essa época do ano é prova viva disso, deusa. a gente faz textão para fechar um ciclo e solta fogos pra comemorar a chegada de outro. no dia a dia, a gente chora se não tem novas ideias, só pensa no dia em que vai terminar aquele bendito projeto e só sai pra comemorar o começo ou o fim dos momentos mais importantes. mas e o meio? e o dia 3 de março, 7 de julho ou 10 de outubro - aqueles mais normais, sem feriado nem nosso aniversário? e o dia 57 de academia, a edição 66 da newsletter, o jantar de terça-feira com quem estiver em casa na hora? não, nem tudo precisa ser novidade ou linha de chegada o tempo todo. se a gente tiver sorte na vida, deusa, muitas das coisas preciosas não terão um fim antes do nosso próprio. elas serão um constante "meio do caminho". um pouco entediante às vezes, quem sabe até previsível... mas tu não foi feita criativa à toa. elas dependem da tua magia para continuarem mágicas. que você possa ter olhos de fogos de artifício para o que acontece entre 2 de fevereiro e 30 de dezembro, minha deusa. nos outros dois dias, descansa: desses o feriado já toma conta.
//mapa astral: vou poupar as deusas astrológicas de me perguntarem a mesma coisa sempre - tá aí o fim do mundo. não sei o que significa, mas pela cara das entendidas é uma mistura de xale verde, trevo de bonsucesso, emprego clt que quer um PJ e suco de manga com maracujá. 🙃
//ferramentas: pinterest, canva e google docs: tá aí o meu TOP 3 ferramentas que se acabarem hoje levam minha carreira junto. 🙃 e aí, qual é o seu, deusa?
//caras: um amigo meu me disse, em tom de elogio, que eu sou expressiva demais. minhas emoções estão na minha cara, mesmo que eu não queira. primeiro, eu neguei. depois, procurando uma fotinha pra postar achei esse rolinho de câmera. aparentemente... eu menti pra ele haha. além dessa culpa, me surgiu uma duvida: quando a falta de seriedade na fuça (e escrever fuça profissionalmente) afeta a imagem de seriedade de uma pessoa. afinal de contas, as pessoas me contratam e ouvem o que eu tenho a dizer porque, além de me verem como uma mulher criatégica, elas levam muito a sério o que eu tenho a dizer. deveria eu controlar minhas expressões? ser mais sóbria e austera? adotar uma poker face a lá Tommy Shelby pra ser respeitada? graças à deusa, eu já tenho bons anos como comunicadora pra não sucumbir a comparações e me lembrar que toda comunicação é um conjunto. uma mensagem, por exemplo, não é uma palavra isolada, mas uma combinação - o que as outras palavras dizem? qual é o tom adotado pela interlocutora? como o meio afeta o significado de tudo isso? a imagem passa por um processo semelhante. como bem diz @whoisadora com o amado blazer verde e a unha bregah do mês. então sim, continuarei tendo caras e bocas que não posso controlar (mas às vezes queria, viu), ainda vou escrever fuça umas 3x por post e ainda vou peitar demais o trabalho que faço há quase uma década. meu amigo estava certo... isso é demais!
//idades: a Sabrina de 7 anos criava os próprios jogos para brincar com os amiguinhos do bairro (criatividade ou lisura? eis a questão) / A Sabrina de 10 anos achava que o auge da vida era ter ganhado um concurso de redação e ler Romeu e Julieta sozinha (mesmo que levasse 3x com o dicionário do lado porque diacho de Shakespeare não sabia usar umas palavras simples, não) / A Sabrina de 15 anos passava as tardes depois da escola no cinema, assistindo um filme depois do outro (não me pergunte que milagre era feito com sua mesada de 25 reais) / A Sabrina de 20 anos repetia que voltar a morar com os pais a tornava a maior fracassada da Terra (mal sabia ela que o tempo que ela passava escrevendo "por enquanto" ia virar profissão) / A Sabrina de 24 anos pisava na Bahia todo santo mês até parar de sentir o friozin na barriga de crescimento chegando por lá (mas ainda sente falta das terrinhas baianas). / A Sabrina de 25 vem aí e eu não faço a menor ideia do que vai tomar seus dias, seus pensamentos, suas sessões de terapia. Para ela, tenho apenas metas, visões e uns plano meio doido. Ainda no finalzin de 2022, uma das minhas melhores amigas @melissazampoll0 me disse que este seria um ano de conquistas "mas não imediatistas. conquistas cultivadas, daquelas planejadas e que demandam paciência". sinto a mesma coisa em relação à Sabrina de 25. Que ela leve seus dias, seus pensamentos e suas sessões de terapia com uma paciência que muito me faltou nos outros 24. e com aquele fogo no rabo que a gente sempre teve de sobra. sabe como é, um pouco de droga, um pouco de fruta, um monte de benção. ♡
97/100