• Não me peguem no braço! Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho. Já disse que sou sozinho! Ah, que maçada quererem que eu seja a companhia!
  • Ó céu azul – o mesmo de minha infância – Eterna verdade vazia e perfeita Ó macio Tejo ancestral e mudo,Pequena verdade onde o céu se reflete!Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje! Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta. Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo... E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!

[...]

(Fernando Pessoa. Obra poética R. de Janeiro. Nova Aguiar 1986).

feb 28 2014 ∞
jan 14 2015 +