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7 curiosidades que não sabia sobre Alice no País das Maravilhas
A verdadeira Alice era filha do patrão de Carroll
A verdadeira Alice, que deu o seu nome à história, era a filha de Henry Liddell, o reitor da Christ Church College em Oxford, onde Lewis Carroll era Professor de Matemática e onde vivia. Foi neste contexto que o escritor conheceu a família do reitor e a pequena Alice que inspirou as histórias no País das Maravilhas.
Mais histórias!
Quando Carroll começou a contar uma história de fantasia a Alice Liddell, incluindo na narrativa as duas irmãs, num verão 1862, que partem numa viagem de barco ao longo do rio Tamisa, o autor não esperava que as crianças lhe pedissem para continuar. É assim que dá por si a contar as intermináveis histórias de Alice, passando-as mesmo para o papel para as oferecer como prenda de Natal em 1864. Pela altura em que a história foi publicada, o enredo tinha já duplicado e contava com uma galeria de inúmeras personagens.
O ilustrador odiou a primeira edição do livro
Carroll encomendou várias ilustrações ao ilustrador John Tenniel. Porém, quando o ilustrador viu uma cópia antecipada do livro, Tenniel ficou furioso ao perceber que os seus desenhos tinham sido mal reproduzidos. Contrafeito, Carroll gastou todo o seu salário anual para obter uma reimpressão ainda antes do livro ser lançado ao público. A sorte do autor foi que o livro foi um sucesso instantâneo e não tardou a chegar ao mercado norte-americano.
O livro foi adaptado ao cinema logo em 1903
Apenas alguns anos depois da morte de Lewis Carroll, os realizadores de cinema Cecil Hepworth e Percy Stowe reuniram-se para adaptar a história para um curto filme com 12 minutos. Na viragem do século, esse era então o filme mais longo realizado até à data no Reino Unido.
Os muitos títulos de Alice
Ao escrever no seu diário acerca do passeio de barco que o inspirou a escrever a história sobre Alice, o autor apontou alguns títulos diferentes para o livro. O conto original tinha como título as “Aventuras de Metro de Alice”, em referência ao metro de Londres, mas a partir da publicação, Carroll decidiu que afinal lhe ia dar o nome de “Alice no País dos Elfos”. Outra ideia que mais tarde rejeitou foi “Alice Entre as Fadas”. Eventualmente, foi Alice no País das Maravilhas que ganhou.
Satirizar a Matemática
Estudiosos têm teorizado que o trabalho de Carroll como professor de matemática recebeu um espaço na sua história infantil sobre a forma de sátira. Por exemplo, os enigmas do Chapeleiro Louco sobre as semelhanças que o corvo tem com uma secretária, “eram uma reflexão sobre a crescente abstração que se estava a passar na matemática durante o século XIX”, como disse o matemático Keith Devlin, em 2010. Carroll era um matemático muito conservador, e viu novas metodologias da matemática como absurdas em comparação com a álgebra e geometria tradicional.
O livro nunca deixou de ser impresso
O livro de Lewis Carroll foi traduzido em 176 idiomas. A sua sequela, Através do Espelho, esgotou completamente em menos de sete semanas.