"Durante a morada no interior do líquido-oceano da mãe, o bebê se move e a única explicação que fala sobre a diferença das digitais de cada um (inclusive no caso de irmãos gêmeos, as impressões são diferentes) é de que a pele em formação, em contato com a água, cria uma rugosidade que tem seus padrões definidos através do movimento do bebê. Acho bonito pensar, então, que temos, nas pontas dos dedos, essa partitura coreográfica de toda uma vida anterior. E que, quando acariciamos alguém, emprestamos àquela outra superfície essa memória de movimento de toda uma vida." (MONTEIRO, I. R.: 2023)

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