- texto de tomas tadeu sobre traduzir virginia woolf
- Minhas ferramentas são, imagino, as de qualquer outro praticante da profissão. Dicionários monolíngues, para começo de conversa (no caso do inglês, o Oxford, sem dúvida). Além disso, faço pelo menos uma conferência global nas traduções anteriores do livro que estou traduzindo, em português ou nas línguas que leio (espanhol, italiano, francês). Mas, infelizmente, há um princípio infalível: se é algo complexo e difícil, ninguém deu boa solução. Não acompanho passo a passo as traduções existentes, mas confiro, nas que acho mais confiáveis, alguma passagem ou palavra de difícil tradução. No caso de As ondas, conferia, de vez em quando, a última tradução francesa (Michel Cusin & Adolphe Haberer) e uma tradução italiana antiga, mas bastante boa (Maura Del Serra). Mas as minhas fontes principais de decifração são as da crítica literária e as teses e dissertações acadêmicas. A cada passagem difícil, consulto o Google para checar se alguém comentou aquela passagem específica e, mesmo que o objetivo de quem comentou não seja, obviamente, o meu, se o comentário lança alguma luz sobre seu significado. E para cada uma dessas passagens, abro um arquivo com transcrições dos comentários etc. No caso de As ondas, tenho mais de 500 arquivos com anotações.
- tradução como um processo de sutura
- ulysses faz 100 anos
- neil gaiman's masterclass
- slow writing
- joan didion: why i write
- a year in marginalia
- scrawled insults and epiphanies
- the marginal obsession with marginalia
- Este livro é um silêncio estrondoso
oct 18 2022 ∞
mar 28 2023 +