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Nos exercícios de empatia, vamos tentar perceber, ver, ouvir, e sentir as pessoas à nossa volta não para melhor entendê-las, mas para melhor aceitá-las, de forma mais aberta, mais empática, mais generosa.
Entender é um gesto de definição e posse, redução e controle. Aceitar é um gesto de amor e generosidade.
Quantas pessoas você OUVIU no último mês?
Sem ativamente exercer o não-conhecimento e a não-opinião é impossível praticar uma verdadeira empatia.
Nunca, nunca interrompa. No máximo, se a pessoa precisar de estímulos, sorria, balance a cabeça, faça "arrã". Caso seja necessário, faça perguntas curtas, parafraseando o que ela disse, para confirmar e apoiar.
Concentre totalmente sua atenção na pessoa que está falando com você.
Nossa atenção plena é um dos maiores presentes que temos pra oferecer.
Não pense em você, no que vai retrucar, no que teria feito no lugar dela, no que acha que ela deveria ter feito, naquela coisa parecida que aconteceu com um amigo seu. Nada disso importa.
Você não existe. Não existe seu ego, suas opiniões, seus julgamentos de valor. Você está só.... ouvindo! Todo o seu ser está concentrado nessa única dificílima atividade transcendental. Ouvir.
Por fim, não ofereça sua opinião. Se a pessoa pedir expressamente, fale com moderação. O objetivo do exercício, ao nos permitir falar com a certeza absoluta de que não seremos interrompidas, é nos fazer perceber como as interrupções, ou mesmo a possibilidade de interrupções, molda e corrompe totalmente a nossa fala.
Quando falamos com a certeza de que não seremos interrompidas falamos melhor, com menos pressa, sem tantas barreiras, com mais tranquilidade.