• "eu era como o jogador enrustido que, toda manhã, se veste pra ir trabalhar. despede-se da família com um beijo e dirige até o cassino, em vez de ir para o escritório."
  • "fome de pele"
  • "uma vez, durante meu estágio, uma supervisora me disse: "todo mundo tem um lado simpático", e, para minha grande surpresa, descobri que ela tinha razão. é impossível conhecer as pessoas profundamente e não acabar gostando delas. deveríamos pegar adversários mundiais, colocá-los em uma sala para compartilharem suas histórias e as experiências que os formaram, seus medos e suas lutas, e eles acabariam, subitamente, se dando bem. descobri algo simpático em literalmente todos que conheci enquanto terapeuta, inclusive o sujeito da tentativa de assassinato. (por trás de sua raiva, ele se revelou muito querido.)"
  • "essa roda de hamster é parte do processo; as pessoas precisam fazer a mesma coisa repetidamente, por um número de vezes aparentemente ridículo, antes de estarem prontas para mudar."
  • "era sua inveja inconsciente, sua fúria pela injustiça daquilo tudo, que a impedia de lhes permitir a infância feliz que ela não tivera, que a impedia de salvá-los da maneira que ela tanto queria ter sido salva quando criança."
  • "ela passou a ser hiperpresente. percebeu que quando as pessoas se iludem ao acreditar que têm todo o tempo do mundo, ficam preguiçosas."
  • "posso respirar bem, agora. mas vai ficar mais difícil, e vou lamentar isso. até lá, respiro."
  • "e que se somos apartados dos nossos sentimentos, apenas deslizando pela superfície, não conseguimos paz ou alegria, conseguimos apatia."
  • "o fato de eu finalmente estar reparando nele, não apenas como terapeuta, mas como homem, é simplesmente uma prova de que nosso trabalho conjunto me ajudou a reingressar na raça humana. voltei a sentir atração. [...] começando a dar os primeiros passos.
  • "isso pode parecer loucura, mas sei que vou escutar sua voz depois que eu morrer, que vou te ouvir onde quer que eu esteja."
  • "quanto mais você acolhe sua vulnerabilidade, menos medo sente."
  • "o que estamos celebrando hoje não é tanto a continuidade de sua presença física, mas seu renascimento emocional em curso, os riscos que ela assumiu para começar a sair de uma situação de enrijecimento para uma de abertura, de autoflagelação para alguma coisa próxima à autoaceitação."
  • "porque é difícil se livrar dos hábitos antigos; porque o sofrimento diminui, mas não desaparece; porque relacionamentos rompidos (com ela mesma, com os filhos) exigem reconciliações sensíveis e intencionais, e os novos precisam de apoio e autoconsciência para florescer."
  • "todo mundo que tem medo de se magoar em relacionamentos, ou seja, todo mundo que tem um coração batendo dentro do peito."
  • "mesmo no melhor relacionamento possível, você pode se magoar ás vezes, e por mais que você ame alguém, ás vezes você magoará essa pessoa, não por querer, mas por ser humano."
  • "está escrito: O FRACASSO FAZ PARTE DO SER HUMANO. "devo ter lido em algum lugar", ela me disse, "mas não consegui descobrir a fonte". na verdade, era algo que eu havia lhe dito uma vez, durante uma sessão."
  • "o que faz da autossabotagem tão ardilosa é que ela tenta resolver um problema (aliviar a ansiedade do abandono) criando outro (fazendo a pessoa querer ir embora)."
  • "vendo rita nessa fase da vida, lembro-me de algo que escutei uma vez, embora não consiga me lembrar onde foi: "cada risada e momento agradável que desfruto parece dez vezes melhor do que antes de eu conhecer tamanha tristeza"."
  • "porque, se você se conhecerem em um funeral, sempre se lembrarão do quanto o amor e a vida são importantes, e abrirão mão das pequenas bobagens."
  • "não acreditava que as pessoas desaparecessem, e sim que algo em nós seria eterno e sobreviveria."
  • "naquele dia, caminhando para o meu carro, escutei novamente a pergunta de julie: você vai pensar em mim?; passados todos esses anos, ainda penso. lembro-me dela, sobretudo, nos silêncios."
  • "e eu estava rolando no chão com a minha esposa e minhas filhas, o cachorro latindo para a gente do outro quarto. assisti à cena quase que de cima, como se estivesse observando e vivendo ao mesmo tempo, e pensei: amo a porra da minha família."
  • "recentemente, john e eu conversamos sobre a beleza da expressão "ás vezes"; em como "às vezes" nos iguala, nos mantém no meio confortável, em vez de pender para um lado ou outro do espectro, como se a vida dependesse disso. essa expressão nos ajuda a escapar da limitação do pensamento "oito ou oitenta". [...] agora, ele diz que passou a pensar que não é isso ou aquilo, sim ou não, sempre ou nunca. "vai ver que a felicidade é às vezes", ele diz, recostando-se no sofá. a ideia lhe traz alívio."
  • "john disse que eu tinha razão, e que, na verdade, não havia problema em chorar com margô, e que em vez de afundar ambos em um rio de lágrimas, aquilo os levou com segurança até a margem. quando ele diz isso, imagino a mim mesma, john, margô e milhões de espectadores ao redor do mundo, recostados em seus sofás, expostos por suas palavras, e penso em como, para todos nós, john fez com que fosse tranquilo chorar."
  • "escrevi sobre persistir, abrir mão e a dificuldade de rodear essas barras de prisão, mesmo quando a liberdade não está exatamente à nossa frente, mas literalmente dentro de nós, em nossas mentes."
  • "não tem fim até que acaba."
may 17 2023 ∞
aug 6 2023 +