a psicanálise exclui qualquer contratualismo universal porque toma a condição fundamental do sujeito como uma condição de desamparo. a rejeição da troca como modelo universal da intersubjetividade se coloca pela teoria das pulsões, que distingue o aprender a pedir e a receber (pulsão oral) por um lado e, por outro, o aprender a dar e a atender pedidos (pulsão anal). o desejo do sujeito se distingue da sua demanda e se funda na identificação simbólica com ideal de eu, um traço unário do desejo do Outro. a demanda do Outro se funda na alienação do desejo do sujeito, e a identificação imaginária do sujeito a essa demanda produz o eu ideal. essa não-coincidência entre desejo e demanda funda o caráter problemático da troca.