todos os bons continuadores da tradição dialética querem ser mais hegelianos que hegel, mais marxistas que marx, etc. isso não é incidental, é o princípio mesmo do método: na medida em que o mecanismo fundamental da dialética é o reconhecimento de que o conceito está abaixo das suas exigências, isso produz uma identificação sem subordinação, em que o conflito não aparece em nome próprio. o perigo desses pensadores é, por outro lado, serem objetos de identificações narcísicas. aí teremos todo tipo de regressão, desde o stalinismo até o zizekismo.