- "Afirmava a suas amantes: só uma relação senta de sentimentalismo, em que nenhum dos parceiros se arrogue direito sobre a vida e a liberdade do outro, pode trazer felicidade para ambos." (p. 18)
- "Como podia saber? Como podia verificar? [...] Mas o homem, porque não tem senão uma vida, não tem nenhuma possibilidade de verificar a hipótese através de experimentos, de maneira que não saberá nunca se errou ou acertou ao obedecer a um sentimento." (p. 39)
- "O que diferencia aquele que estudou do autodidata não é a extensão dos conhecimentos, mas os diferentes graus de vitalidade e confiança em si." (p. 61)
- "Aquele que deseja continuamente 'elevar-se' deve esperar um dia pela vertigem. O que é a vertigem? O medo de cair? Mas por que sentimos vertigem num mirante cercado por uma balaustrada? A vertigem não é o medo de cair, é outra coisa. É a voz do vazio em baixo de nós, que nos atrai e nos envolve, é o desejo da queda do qual logo nos defendemos aterrorizados." (p. 65)
- "Mas o que é trair? Trair é sair da ordem. Trair é sair da ordem e partir para o desconhecido. Sabina não conhece nada mais belo que partir para o desconhecido." (p. 97)
- "Para Sabina, viver dentro da verdade, não mentir nem para si nem para os outros, só seria possível se vivêssemos sem público. Havendo uma única testemunha de nossos atos, adaptamo-nos de um jeito ou de outro aos olhos que nos observam, e nada mais do que fazemos é verdadeiro. Ter um público, pensar no público, é viver na mentira" (p. 118)
- "Muitas vezes nos refugiamos no futuro para escapar do sofrimento. Imaginamos uma linha na pista do tempo, e pensamos que a partir dessa linha o sofrimento presente deixará de existir." (p. 167)
- Todo o capítulo 16 da quinta parte.
jan 25 2015 ∞
jan 25 2015 +