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  • "O Brasil, país situado na América, continente donde partiram as sugestões mecânicas e coletivistas da modernidade literária e artística, é um país privilegiado e moderno. Nossa natureza, como nossa bandeira, feita de glauco verde e de amarelo jalde, é propícia às violências maravilhosas da cor . Justo é pois que nossa arte também o queira ser." ('À Guisa de prefácio', §5º)
  • "A cidade de São Paulo na América do Sul não era um livro que tinha cara de bichos esquisitos e animais de história." ('2. ÉDEN', §1º)
  • "Gostei muito da terra da Goiabada e tive inveja da vontade de ter sido roubado pelos ciganos." ('4. GATUNOS DE CRIANÇAS', §3º)
  • "[...] começou a aula da tarde um bigode de arame espetado no grande professor Seu Carvalho. / No silêncio tique-tque da sala de jantar informei mamãe que não havia Deus porque Deus era a natureza. / Nunca mais vi o Seu Carvalho que foi pro Inferno." ('8. FRAQUE DO ATEU', §3º-5º)
  • "Prima Nair que estava interna com as irmãs bochechudas Célia e Cotita noutro colégio mandou uma carta ao Pantico dizendo assim: / 'Já sabes que estou na classe amarante? As meninas aqui não são tão maliciosas como no internato de Miss Piss. Mas... nunca vi que espírito civilizado elas têm. Pois como elas não têm moços para namorar elas namoram-se entre si. Todas têm um namorado como elas dizem e é uma outra menina: uma faz o moço e outra a moça. / E quando elas se encontram se beijam como noivos. Por mais que não se queira ficar como elas, inconscientemente fica-se. As meninas de agora não são como as de outro tempo. Logo nascerão sabendo. Uma de seis anos não é inocente; já têm desde pequenas aqueles olharezinhos que mais tarde servirá para a malícia. / Eu só comecei saber a vida aos dez anos. Hoje em dia com sete já se sabe tudo!'" ('16. BUTANTÃ', todo)
  • "Depois, de cima, pensão de artistas, caíam pingos profundos de Chopin na comida." ('23. QUIROMANCIA', §5º)
  • "E minha mãe entre médicos num leito de crise decidiu meu apressado conhecimento viajeiro do mundo." ('27. FÉRIAS', §3º)
  • "O Pão de Açúcar era um teorema geométrico." ('29. MANHÃ NO RIO', §2º)
nov 3 2014 ∞
dec 18 2014 +