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quando se trata de você, transparecer o lirismo se torna algo dificultoso. não há razões concretas, nem tamanha desordem conflituosa para esse emanharado de palavras desordenadas que se cria na mente ao ver telas ou papéis brancos: vazios de expressividade, personificação.
sim, a causa é esse teu ser tão absorto de pensamentos aflituosos que se transformam em um furacão de sentimentos intensos demais para serem ditos em voz alta; é culpa desse oceano que te afoga, te destrói, te corrói, mas ainda te deixa viva. apesar disso, continua sendo meu exemplo de calmaria.
você é a confusão mais sossegada que habita em volta de mim.
nunca testemunhei duas pessoas apelidando-se de “lar” uma pela outra dentro de um abrigo composto por corações quebrados, então você chegou. acho que a bagunça que habita em ti, habita igualmente em mim. nós nos encontramos no drama, na melancolia e na escuridão para formarmos luz.
você é carregada dos sentimentos mais puros e bonitos. foi feita para ser espetacular. eu gosto desse teu infinito peculiar.
acho que sou apaixonada por você. não romanticamente, mas absoluto de amor ingênuo e propício. foi feita para ser minha alma gêmea. eu gosto desse teu universo rabiscado de expressionismo.
somos livres, gigantes. a marca que deixamos é profunda e quase impossível de se deslembrar. ambos somos animais que não se prendem em jaulas, mas correm livres junto um do outro. não, eu não gosto de você.
eu amo.