Oi.

São exatas 22h40min quando dou início a essa tentativa de carta, texto, bilhete, escrito (?) enquanto toca Summer Wine da Nancy Sinatra e do Lee Hazlewood no fone. 22h41min quando termino essa sentença.

Num paradoxo, é aqui que dou introdução a uma tentativa de declaração a partir de uma conclusão (há, rimou). Num emaranhado de obviedade notória dentro de um pleonasmo, é aqui o proêmio de uma tentativa de demonstrar um tantinho do amor que sinto por ti.

Desde o momento que te conheci, um sentimento tomou conta de mim e ele sempre soou muito claro e preciso. Acho que é porque eu escolhi te ter pra minha vida e me deixar confiar propriamente em alguém nesses termos românticos que costumavam ser sinônimos de bagunça e confusão.

Naturalidade.

Esse é o termo exato que eu poderia descrever sobre cada sentimento que você transmite pra mim. Sobrecarregado de sensações compostas em emblema de calmaria, tu me obriga a estar em paz mesmo em um ambiente catastrófico e afirma uma fluidez astral mútua e confiável.

Acho que é por isso que me dei conta de estar apaixonada por ti no momento simultâneo ao escutar Sunflower Vol. 6 num dia qualquer. Foi uma percepção tão rápida que poderia passar por despercebida, como, de alguma forma, eu soubesse que isso aconteceria desde a primeira conversa.

Eu te disse que te compraria girassóis e eu o fiz. Assim, espero que iluminem teu dia da mesma forma que você ilumina todos os meus. Espero que através deles você consiga sentir, nem que seja um pouco, o quão amado e querido tu és.

Você é incrível e fodástico demais.

São exatas 02h51min que dou fim a essa tentativa de carta, texto, bilhete, escrito (?) enquanto toca Summertime dos The Zombies no fone. 02h52min quando termino essa sentença.

Num desfecho, é aqui que dou conclusão a uma tentativa de declaração a partir de uma previsibilidade desde a introdução:

Eu te amo.

Com amor, Lune.