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tu me atingistes, meu amor, e eu sou um poço profundo. é fácil jogar-me pedras, mas se a pedra for ao fundo, você não se atreveria de retirá-la.
tuas palavras cobertas de clichê não tem valor algum. eu já estava farta do teu amor meia-boca e das minhas manhãs bebendo café incessantemente esperando uma mensagem tua de bom dia para vir aquele frio na barriga e tremores nas mãos.
nessas manhãs eu bebi noventa e nove doses do teu amor amargo, mas não tomarei a centésima.
afunde nesse mar morto e leve consigo todas tuas mentiras e palavras banais. porque a única coisa que tu tens de mim, anjo, é uma pedra jogada em um poço, e ele não é raso, é perigoso. você nunca ouvirá o som quando a mesma chegar ao final.
vá. não volte mais. eu não te mostrarei mais as galáxias que possuo em minhas veias.